Fenprof chumba escolhas de Montenegro. "A Educação não vai ter Ministério"

por Cristina Santos - RTP
Fernando Veludo - Lusa

Agora que são conhecidos todos os nomes da equipa do ministro da Educação, Fernando Alexandre, Mário Nogueira, em entrevista à RTP3, assume grande preocupação. Se "as secretarias de Estado não têm Ensino Superior, partimos do princípio que o ministro será para o Ensino Superior", afirma o secretário-geral da Fenprof.

Isto significa, para o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, que a Educação ficará entregue a uma Secretaria de Estado, “o que não é bom”. Até porque se conhecem as posições que “o ministro tem defendido quanto à liberalização da Educação e à Educação enquanto mercado”

São também recordadas por Mário Nogueira as posições do secretário de Estado adjunto que vai ter a pasta da Educação, Alexandre Homem Cristo. Alguém que apontou, em livro, como soluções a “privatização e contratualização com privados“.
Para Mário Nogueira, a questão é o que é que “esta equipa que é mais liberal” vai apresentar como soluções para a escola pública, “para que possamos ter uma escola melhor”.
Que regressem os exames em papel

Esta sexta-feira, em comunicado, a Fenprof anunciou que os docentes - que têm estado a fazer a manutenção dos computadores que avariam nas escolas - vão deixar de garantir a manutenção “dos equipamentos tecnológicos” e também vão fazer greve “ao suporte técnico de provas digitais, a partir de 8 de abril”.

Isto significa que a paralisação vai abranger “tarefas que, à falta de técnicos para as executar, estão a ser atribuídas aos docentes” em horas “da sua componente não letiva de estabelecimento”.

Para a Fenprof, o problema que esta greve específica vai provocar, “o suporte técnico à realização de provas em meio digital”, “resolve-se, pelo menos de imediato, se as provas se realizarem em papel. 

Esta opção será a mais adequada não apenas pelo problema técnico, mas também porque a sua realização em formato digital é fator acrescido de desigualdade entre alunos, o que é reprovável”.

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