Flotilha. Carneiro apoia ação do Governo e diz que está a ser feito tudo sobre portugueses detidos
O líder do PS apoiou hoje a posição do Governo sobre os portugueses detidos pelas autoridades israelitas e considerou que o Estado está "a fazer tudo o que pode", escusando-se a qualquer "juízo de valor" sobre "atitudes individuais".
"Neste momento o Estado, pelas informações que disponho, está a fazer tudo o que pode fazer. Devo dizer que tive que o fazer muitas vezes quando era secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que é assegurar a proteção diplomática e consular a quem se vê em circunstâncias difíceis ou mesmo nestas circunstâncias", respondeu José Luís Carneiro aos jornalistas em Estremoz, à margem de uma ação de campanha para as autárquicas.
Questionado sobre se concorda com a ação do Governo relativamente aos três portugueses que integravam a flotilha humanitária que ia rumo a Gaza e que foram detidos pelas autoridades israelitas, o líder socialista referiu que se trata de matérias de Estado e estas "têm o apoio do Partido Socialista".
"Não faço juízo de valor sobre aquilo que são atitudes individuais na expressão de uma liberdade, de uma autonomia e também de uma responsabilidade que as pessoas assumem na sua vida pessoal", respondeu, quando interrogado sobre se, do ponto de vista político se revia na ação destes três portugueses, entre os quais está a coordenadora do BE, Mariana Mortágua.
Pelo menos 13 embarcações integradas na flotilha foram intercetadas pela Marinha de Israel, sendo que uma foi abalroada em águas internacionais, segundo a organização da flotilha Sumud Global.
Entre os detidos encontram-se a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz portuguesa Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.