"Foi um erro" nomear Alberto Coelho, admite Cravinho

por João Alexandre

Lusa

João Gomes Cravinho reitera não ter autorizado "nem tacitamente, nem expressamente" a derrapagem dos custos da reconversão do antigo Hospital Militar de Belém e rejeita responsabilidades políticas. O governante admite ainda que não devia ter nomeado o antigo diretor-geral de Recursos da Defesa para novas funções públicas.

"Se soubesse o que sabe hoje", Gomes Cravinho não teria nomeado Alberto Coelho para novas funções. O antigo diretor-geral de Recursos da Defesa foi implicado e detido no decurso da Operação Tempestade Perfeita, investigação judicial a um alegado esquema de corrupção que envolveu, entre outras, as obras de reabilitação do Hospital Militar de Belém.

“Num exercício retrospetivo, agregando informação que posteriormente veio a ser conhecida, isto é, sabendo o que sei hoje, obviamente que não o teria nomeado para outras funções. Mas isso é sabendo o que sei hoje, o que é substancialmente diferente da informação de que dispunha no momento de tomada de decisão”, defendeu-se João Gomes Cravinho durante a audição na Comissão Parlamentar de Defesa na qual reiterou que a tutela nunca autorizou a escalada de custos no Hospital Militar de Belém.

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