Governo nomeou Licínio Carvalho para presidente do Centro Hospitalar de Leiria

por Lusa

Leiria, 13 jun 2019 (Lusa) - O Governo nomeou hoje Licínio Oliveira de Carvalho para o cargo de presidente do Centro Hospitalar de Leiria.

Licínio Carvalho já integrava o Conselho de Administração do CHL e assumiu algumas das competências do presidente de forma interina quando o ex-líder, Helder Roque, apresentou a sua demissão.

Depois de ter pedido a demissão, no final de fevereiro, o administrador entendeu renunciar ao cargo, uma vez que a tutela tardava em dar uma resposta à sua decisão inicial. O mandato de Helder Roque terminou no dia 31 de maio.

Logo após a sua demissão, Helder Roque anunciou que tomou a decisão de "subdelegar" as competências "nos vogais do CA, que continuam a trabalhar para assegurar o funcionamento corrente do CHL".

A demissão de Helder Roque foi um "protesto" contra a falta de recursos. Na carta que enviou à ministra da Saúde, Marta Temido, a que a Lusa teve acesso, o então presidente salientou que a saída do CHL, "enquanto protesto, é o melhor contributo" que pode prestar à "continuação do sonho": "Reforçar a dimensão do CHL como instituição de referência regional, sustentando-o em meios humanos e equipamento".

Helder Roque recordou que se bateu "incessantemente pela obtenção de mais meios" para o CHL.

"Os que lhe são indispensáveis a, pelo menos, sustentar-se equilibradamente na sua atual dimensão e continuar a sonhar com a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população. Por duas vezes, ao longo deste percurso, solicitei a minha saída. Por duas vezes me deram expectativas quanto à resolução de diversos dos problemas do CHL. Por duas vezes recuei expectante", acrescentou.

Helder Roque destacou que a tutela "não foi parca em elogios ao trabalho" realizado, mas "foi parca em meios", sobretudo depois da entrada do concelho de Ourém, no distrito de Santarém, na área de influência do CHL.

"Não há condições para colmatar as necessidades mínimas em pessoal, não há meios para investimento. As medidas de contenção acabam por só permitir a libertação de meios para que os mais gastadores paguem as suas dívidas", sublinhou.

O ex-presidente do CHL recordou que em 2005, quando foi eleito presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santo André, antes de ser criado o CHL, formou uma equipa com o objetivo de levar para a região "um hospital de referência no quadro do Serviço Nacional de Saúde".

"A dimensão que atingimos foi reconhecida. Pela organização e qualidade dos serviços, pelas valências implementadas, pela otimização da relação custo/benefício", escreveu então, realçando que "foi uma honra liderar e trabalhar com tantos colaboradores que têm vontade de acrescentar valor e prestígio a esta instituição".

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