Habitação. Decidir com cabeça e executar com coração, pede Seguro

O candidato presidencial António José Seguro apelou hoje ao Governo e autarcas que encontrem respostas para que as pessoas cujas casas precárias são demolidas não fiquem sem teto, advertindo certas medidas devem ser executadas "com o coração".

João Vasco - Antena 1 /

Foto: Carlos Barroso - Lusa

“Há determinadas políticas e decisões de natureza social que precisam de ser decididas com a cabeça, mas executadas com o coração. E, portanto, as pessoas precisam de um teto, elas não podem ser deixadas ao abandono”, respondeu António José Seguro à margem de um encontro com o Patriarca de Lisboa, Rui Valério, após questionado sobre a demolição de casas precárias em Loures.

Na perspetiva do candidato presidencial, todos precisam de “ter um teto para dormir e para viver com dignidade”, considerando que “as barracas não são soluções”.

“E, por isso, eu expresso duas soluções. Uma que tem a ver com uma resposta de emergência. É preciso que o Governo e as autarquias, sobretudo das áreas metropolitanas, mas também há outros casos no país, se reúnam e encontrem uma solução para situações como estas. As pessoas precisam de ter um teto”, apelou.

A segunda solução, defendeu, é “encontrar fórmulas que resolvam o problema essencial” porque há “imensa gente que não tem acesso a uma habitação”.

“Segundo o último censo, são cerca de 190 mil habitações que são necessárias em Portugal. No entanto, o número de casas que são vagas no nosso país é superior. Portanto, tem que ser estimulado de imediato o mercado de arrendamento, que faça com que os proprietários sintam interesse e incentivo para colocarem essas casas no mercado e, dessa forma, facilitarem o acesso à habitação”, apelou.

c/ Lusa
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