Investimento de 18 milhões de euros. Hospital das Forças Armadas vai ter novo módulo cirúrgico
Foi anunciada esta semana a construção de um novo edifício no Hospital das Forças Armadas que irá acomodar um módulo cirúrgico, reforçando a ala já existente. O investimento é de 18,1 milhões de euros, terá seis mil metros quadrados e vai acrescentar 31 camas às 140 existentes.
A futura ala cirúrgica do Hospital das Forças Armadas (HFAR) insere-se no Plano de Expansão da unidade de saúde HFAR – Pólo de Lisboa e Campus da Saúde Militar. A obra está prevista para começar já este ano e deverá ser executada até 2027.
“Este pólo de cirurgia é fundamental. É fundamental na prestação de cuidados de saúde aos militares, à família militar, mas para isso tem de estar executado e não está. O que hoje fazemos é garantir que 18,1 milhões de euros [c/IVA] são investidos na construção deste edifício”, disse Nuno Melo, ministro da Defesa, insistindo que é "o maior de sempre de uma só vez na Saúde Militar".
O governante sublinhou que o novo módulo de cirurgia do hospital militar do pólo de Lisboa será “dotado das melhores condições e equipamentos que, do ponto de vista técnico, assegurem que, no que tem a ver com esta especialidade, o HFAR estará na linha da frente do melhor que se faz ao nível da saúde em Portugal”.
Nuno Melo destacou ainda a "complementaridade" entre a saúde militar e o Serviço Nacional de Saúde, "beneficiando milhares de utentes nacionais".
Futuro módulo cirúrgico do HFAR | Ministério da Defesa
Em dezembro passado, após o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) ter admitido que iria avançar com uma greve dos médicos civis que trabalham neste hospital militar, o ministro reuniu-se com os profissionais.
Nuno Melo reconheceu então que deveria ser reforçado o apoio aos serviços de saúde dedicados aos militares , uma vez que “esta prestação diferenciada de cuidados de saúde aos militares e famílias é assegurada nomeadamente pelo HFAR”. Perante a argumentação do SIM, o ministro também reconheceu a existência de “problemas com pessoal” do hospital, e ainda deficiências ao nível de infraestruturas que necessitavam de renovação.
Reiterando que os militares das Forças Armadas figuram “como a primeira prioridade” da agenda, o ministro colocou em andamento o dossier da saúde militar.
Nuno Melo, ministro da Defesa, no auditório do HFAR, no Lumiar, em Lisboa | Ministério da Defesa
Este equipamento estava previsto desde 2014, há mais de dez anos, desde a reforma das Forças Armadas, porém, Nuno Melo realça que agora é momento de “deitar mãos à obra”.
“Eu tenho a certeza que se depender das Forças Armadas os prazos serão cumpridos sem que resvale coisa nenhuma, porque os cálculos estão feitos. Mas o importante mesmo agora é deitar mãos à obra, lançar os concursos, assegurar que este edifício é concretizado porque as Forças Armadas precisam de uma saúde militar capaz de dar resposta àquilo que é o seu escopo”, frisou o ministro.
Estes planos de despesa foram aprovados no último Conselho de Ministros do Governo antes da queda do executivo.
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