Política
José Luís Carneiro oficializa candidatura à liderança do PS apelando à união interna
É até agora o único candidato à liderança do Partido Socialista, mas oficializou a candidatura este sábado. Num discurso no Largo do Rato, José Luís Carneiro apelou à união interna no partido, sem "golpes recíprocos" ou ficar a olhar para dentro. O atual deputado socialista assegurou que não fará "ataques pessoais e superficiais na praça pública" e prometeu "voltar a fazer do PS o maior partido português".
“Apelo aos socialistas para que se unam na sua diversidade, para iniciar o caminho de volta que a defesa dos nossos ideais nos pede”, afirmou José Luís Carneiro, enquanto discursava para perante centenas de militantes socialistas no jardim da sede nacional do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.
O ex-ministro da Administração Interna considerou que “aqueles que serão deixados para trás por políticas neoliberais”, “discriminados por políticas conservadoras”, ou que não verão melhorias na sua qualidade de vida, nos salários ou serviços públicos, não perdoarão o partido se ficar a “olhar para o umbigo”.
“Não nos perdoarão se ficarmos agora a olhar para nós próprios ou nos entretivermos a golpear reciprocamente a nossa credibilidade e as nossas qualidades, em vez de nos organizarmos para os defendermos a eles, que são a razão de ser e de existirmos como partido”, afirmou.
O até agora candidato único à liderança socialista reconheceu que o PS está a “viver um momento difícil” e teve um “resultado que não desejava” nas legislativas de maio, tendo perdido votos “para a direita em todos os grupos sociais”.
No entanto, pediu que se “desengane quem confunde essa reflexão com tentações de ajustes de contas internos e com cedência a tentativas de aproveitamentos por parte” dos principais opositores do PS, uma passagem do seu discurso que mereceu vários aplausos da plateia.
O ex-ministro da Administração Interna considerou que “aqueles que serão deixados para trás por políticas neoliberais”, “discriminados por políticas conservadoras”, ou que não verão melhorias na sua qualidade de vida, nos salários ou serviços públicos, não perdoarão o partido se ficar a “olhar para o umbigo”.
“Não nos perdoarão se ficarmos agora a olhar para nós próprios ou nos entretivermos a golpear reciprocamente a nossa credibilidade e as nossas qualidades, em vez de nos organizarmos para os defendermos a eles, que são a razão de ser e de existirmos como partido”, afirmou.
O até agora candidato único à liderança socialista reconheceu que o PS está a “viver um momento difícil” e teve um “resultado que não desejava” nas legislativas de maio, tendo perdido votos “para a direita em todos os grupos sociais”.
“O que procurarei fazer e vos peço que façam é uma análise profunda daquilo em que falhámos, de quando falhámos, do que devíamos ter feito diferente”.
No entanto, pediu que se “desengane quem confunde essa reflexão com tentações de ajustes de contas internos e com cedência a tentativas de aproveitamentos por parte” dos principais opositores do PS, uma passagem do seu discurso que mereceu vários aplausos da plateia.
“Análise e debate? Sim, ao máximo. Ataques pessoais e superficiais na praça pública? Não, nunca. Comigo, não contam com isso”, assegurou, enviando um “abraço fraterno” a Pedro Nuno Santos, que não esteve na apresentação, ao contrário de deputados como o líder parlamentar interino Pedro Delgado Alves, Miguel Costa Matos, Eurico Brilhante Dias. E ainda Sérgio Sousa Pinto, que se autoexcluiu das listas de candidatos a deputados às últimas legislativas.
Reflexão que "deve ser feita aos diferentes níveis de responsabilidade, no tempo, no espaço e na forma institucional adequada ao PS".
Um dos objetivos de José Luís Carneiro, que admite conhecer bem o partido e a sua história, é “voltar a fazer do PS o maior partido português” - meta que, insistiu, depende de uma ”análise profunda” quanto às razões profundas da derrota eleitoral de 18 de maio.
Oposição enérgica a "retrocessos"
O candidato prometeu ainda que, caso seja eleito, o partido será "determinado e enérgico na oposição" perante o que considerar retrocessos, mas também não terá receio em "promover consensos democráticos".
Carneiro defendeu que o PS "não é um partido da crítica pela crítica, nem é um partido que possa transigir com caminhos de retrocesso económico e social".
"Comigo na liderança, o PS não terá receio de promover consensos democráticos, nem será tíbio na oposição ao regresso das políticas que ponham em causa os valores e os princípios fundamentais do socialismo democrático", reforçou.
Lembrando a fundação e história do partido, afirmou que o PS é um "pilar do regime democrático" e o "líder do espaço progressista", Carneiro prometeu depois defender a Constituição da República, numa altura em que tanto a IL como o Chega anunciaram que pretendem rever a lei fundamental.
"Jurámos e defendemos a Constituição da República, acreditamos no aprofundamento da democracia e queremos um Portugal mais europeu, mais próspero e mais coeso. Tudo o que tivermos de fazer para o garantir, faremos sem estados de alma e com a convicção de estarmos a cumprir os nossos deveres perante as cidadãs e os cidadãos", continuou.
Depois, sem nunca referir explicitamente qualquer partido, José Luís Carneiro disse ser um homem "que sabe a diferença entre o fascismo e a democracia" e que não tem "grandes dúvidas sobre a grande superioridade do regime democrático dos últimos cinquenta anos", em contraponto com os "horrores da ditadura" do Estado Novo.
"Todos os que tentarem desvalorizar a grande obra da democracia serão sempre os nossos primeiros e os nossos maiores adversários".
Carneiro defendeu que o PS "não é um partido da crítica pela crítica, nem é um partido que possa transigir com caminhos de retrocesso económico e social".
"Comigo na liderança, o PS não terá receio de promover consensos democráticos, nem será tíbio na oposição ao regresso das políticas que ponham em causa os valores e os princípios fundamentais do socialismo democrático", reforçou.
Lembrando a fundação e história do partido, afirmou que o PS é um "pilar do regime democrático" e o "líder do espaço progressista", Carneiro prometeu depois defender a Constituição da República, numa altura em que tanto a IL como o Chega anunciaram que pretendem rever a lei fundamental.
"Jurámos e defendemos a Constituição da República, acreditamos no aprofundamento da democracia e queremos um Portugal mais europeu, mais próspero e mais coeso. Tudo o que tivermos de fazer para o garantir, faremos sem estados de alma e com a convicção de estarmos a cumprir os nossos deveres perante as cidadãs e os cidadãos", continuou.
Depois, sem nunca referir explicitamente qualquer partido, José Luís Carneiro disse ser um homem "que sabe a diferença entre o fascismo e a democracia" e que não tem "grandes dúvidas sobre a grande superioridade do regime democrático dos últimos cinquenta anos", em contraponto com os "horrores da ditadura" do Estado Novo.
"Todos os que tentarem desvalorizar a grande obra da democracia serão sempre os nossos primeiros e os nossos maiores adversários".