JS acusa Governo de cometer "atentado ao direito à educação" ao reverter devolução das propinas
A Juventude Socialista acusou hoje o Governo de cometer "um atentado ao direito à educação" e dar "um passo atrás no progresso do ensino superior" ao reverter a decisão do anterior executivo de devolver o valor das propinas.
"O anterior Governo do Partido Socialista tinha previsto a acumulação da devolução da propina e a isenção de IRS para os jovens licenciados. Este Governo, ao retirar esta possibilidade, está a tirar cerca de 700 euros por ano a cada jovem que se qualifica", sustentou a secretária-geral da JS, Sofia Pereira, citada no comunicado.
Para a líder dos jovens socialistas, trata-se de "um ataque direto ao futuro da juventude portuguesa e uma escolha política que favorece a desigualdade e a precariedade".
"A JS exige que o Governo reverta imediatamente esta decisão e adote políticas que fortaleçam o ensino superior", lê-se no texto, criticando a intenção do executivo de "considerar aumentar as propinas no próximo ano".
A Juventude Socialista promete estar "na linha da frente" da luta contra o aumento das propinas, mobilizando-se em defesa dos direitos dos jovens e do acesso universal à educação.
"Esta medida insere-se numa estratégia mais ampla que visa transformar o ensino superior num modelo pago e inacessível para muitas famílias portuguesas. Tal retrocesso é inaceitável e constitui uma traição para com os jovens que acreditaram que o investimento na sua qualificação seria valorizado e incentivado pela AD e por este Governo", lê-se ainda no texto dos jovens socialistas.