Líder do PS pede "humildade" a Montenegro e atira Spinumviva para mais tarde: "A justiça que faça o seu trabalho"

À entrada para a segunda semana oficial de campanha autárquica, José Luís Carneiro escolheu a terra de Luís Montenegro, para aconselhar o primeiro-ministro e líder do PSD a dialogar mais com o PS do que com o Chega - e a ter mais "humildade" na governação.

João Alexandre /

Foto: Tiago Petinga - Lusa

"As pessoas têm de ter humildade no desempenho de funções políticas, no sentido de serviço, no sentido de proximidade, e procurar evitar pensar que estão montadas em cima de um cavalo e que o cavalo as leva com altivez a algum porto seguro", disse o secretário-geral socialista à chegada a Espinho, onde foi recebido por dezenas de apoiantes que empunhavam bandeiras do PS, e onde começou por querer apontar algumas falhas ao Governo da AD: "Disseram que iam resolver a saúde de uma pincelada e, afinal, ao fim de um ano e meio, até agora a saúde está a pior".

Além da saúde, insiste José Luís Carneiro, o Governo tem falhado nas políticas de habitação, mas também nas propostas para alterar a legislação laboral, que, assinala o líder do PS, são de "desumanidade atroz".

É nesse sentido que o secretário-geral socialista afirma que Luís Montenegro devia dialogar mais com o PS: "Ele devia ouvir mais o PS, portanto, o partido moderado, e não ouvir tanto o partido mais extremista, porque o leva para maus caminhos".

José Luís Carneiro comenta ainda as declarações do primeiro-ministro e líder do PSD que considera que o Executivo tem dirigido o país com "pedalada".

"Ele tem utilizado uma linguagem linguística da Assembleia da República. Eu diria que ele, neste momento, já merece um cartão amarelo", disse o líder do PS, que sobre o caso Spinumviva - ou seja, o caso da empresa da família de Luís Montenegro que precipitou eleições legislativas antecipadas -, responde ao estilo do ex-líder do PS António Costa: "A justiça que faça o seu trabalho", afirmou, sublinhando que o assunto está a ser acompanhado pelas "entidades competentes".

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