Política
Louçã desafiou Sócrates a desmentir alegado convite
Francisco Louçã considera que o episódio do alegado convite de José Sócrates a Joana Amaral Dias para um cargo de Estado em troca de apoio ao PS é suficientemente grave para que seja o próprio secretário-geral socialista a avançar com o desmentido. O bloquista desvalorizou desta forma a defesa que partiu do porta-voz do PS, João Tiago Silveira, falando de um "biombo a proteger" Sócrates.
O dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã lançou ontem duras críticas ao primeiro-ministro José Sócrates, acusando-o de tráfico de influências ao ter oferecido a Joana Amaral Dias um lugar de Estado em troca do seu apoio às listas do PS para as legislativas.
Às acusações lançadas pelo coordenador do Bloco respondeu de pronto o porta-voz dos socialistas, com João Tiago Silveira a considerar as acusações falsas e rejeitando qualquer convite à militante bloquista.
O porta-voz acusou ainda Louçã de ser uma "muleta da direita", o que mereceu novas considerações do dirigente bloquista: "Se o secretário-geral quisesse desmentir os factos concretos a que eu me referi era ele que tinha vindo a publico dizê-lo. O PS entende encobrir com uma mentira uma tentativa de trocar um apoio partidário por um cargo de Estado e isso é suficientemente grave para exigir que seja o primeiro-ministro a esclarecer (este episódio)".
"Gosto de palavras claras e de confrontação política quando há divergências, mas acho inaceitável e espantoso que o PS queira fazer ataques pessoais", afirmou ainda Louçã, numa referência ao facto de ter sido apelidado de "muleta da direita".
Louçã felicita atitude de Joana Amaral Dias
Durante o encontro de apresentação da lista de Setúbal para as legislativas, Francisco Louçã felicitou a militante bloquista por esta ter recusado apoiar as listas socialistas depois de o PS alegadamente ter procurado o apoio da bloquista.
"Acontece, no entanto, que voltou a convidá-la para cargos de Estado em troca de um eventual apoio, seja a chefiar um instituto público na área da Saúde, seja num qualquer lugar de Governo", acusou Louça, considerando que "isso mostra-nos o desespero em que está o PS".
O coordenador do Bloco de Esquerda estendeu ainda as suas críticas, ao afirmar que via neste episódio "uma forma de política menor, de vergonha, que é uma política que oferece lugares de Estado, que trafica influências e oferece lugares a troco de algum apoio".
"Isto é uma vergonha, é a forma de governar em maioria absoluta, é pensar que o Estado é de um partido, mas não é. A democracia não permite traficâncias", lançou Francisco Louça, defendendo que a democracia é "lugar de responsabilidade" e "um partido que em vésperas de eleições anda a distribuir mordomias é um partido que não merece governar".
PS rejeita qualquer convite
Ainda ontem, em declarações à Agência Lusa, o porta-voz dos socialistas considerou "falsas" as declarações de Francisco Louçã, garantindo que "não é verdade que Joana Amaral Dias tenha sido convidada para deputada pelo secretário-geral do PS e não é verdade também que tenha sido convidada para um cargo num instituto público".
Nesse sentido, João Tiago Silveira qualificou de "falsas" as palavras do dirigente bloquista, acrescentando que estas constituem "a prova de que o dr. Francisco Louçã deixou de discutir ideias e propostas porque só pretende dizer mal do PS com base em histórias falsas".
"O dr. Francisco Louçã assume-se como a muleta da direita, já que passou a ser um comentador de factos que não existem nem existirão", deixou ainda o porta-voz.
Louçã estende críticas ao caso BPN
A intervenção de Louçã no almoço-comício que decorreu numa associação recreativa do Barreiro foi desenvolvida à volta da palavra "favorecimento", com o bloquista a apontar vários exemplos que no seu entender demonstram que o Executivo socialista pautou os qutro anos de mandato governativo por políticas de favor: um dos exemplos apontados foi o caso BPN.
Louçã considera que o Estado fez uso de três mil milhões de euros dos dinheiros dos contribuintes para salvar os activos do banco e apontou ainda ao Governo um caso de favorecimento depois de em sede de concertação social, esta sexta-feira, na reunião que abordou os custos da gripe A, ter ficado decidido que os encargos serão "assumidos pelos trabalhadores e pela segurança social sem que às empresas sejam pedidos sacrifícios ou responsabilidades".
O dirigente bloquista apontou ainda o dedo ao primeiro-ministro relativamente ao caso do terminal de contentores de Alcântara, dizendo que "sabemos agora que Sócrates garantiu à Mota-Engil um contrato em monopólio nos contentores de Alcântara".
"Até ao dia em que Sócrates fizer 85 anos de idade está a Mota -Engil segura, tem sempre um lucro garantido e no dia em que a sua operação não tiver lucro garantido, o Estado paga o lucro que eles não tiveram a operar sozinhos sem concorrência, sem concurso, num contrato que lhes dá todas as garantias", considerou.
Às acusações lançadas pelo coordenador do Bloco respondeu de pronto o porta-voz dos socialistas, com João Tiago Silveira a considerar as acusações falsas e rejeitando qualquer convite à militante bloquista.
O porta-voz acusou ainda Louçã de ser uma "muleta da direita", o que mereceu novas considerações do dirigente bloquista: "Se o secretário-geral quisesse desmentir os factos concretos a que eu me referi era ele que tinha vindo a publico dizê-lo. O PS entende encobrir com uma mentira uma tentativa de trocar um apoio partidário por um cargo de Estado e isso é suficientemente grave para exigir que seja o primeiro-ministro a esclarecer (este episódio)".
"Gosto de palavras claras e de confrontação política quando há divergências, mas acho inaceitável e espantoso que o PS queira fazer ataques pessoais", afirmou ainda Louçã, numa referência ao facto de ter sido apelidado de "muleta da direita".
Louçã felicita atitude de Joana Amaral Dias
Durante o encontro de apresentação da lista de Setúbal para as legislativas, Francisco Louçã felicitou a militante bloquista por esta ter recusado apoiar as listas socialistas depois de o PS alegadamente ter procurado o apoio da bloquista.
"Acontece, no entanto, que voltou a convidá-la para cargos de Estado em troca de um eventual apoio, seja a chefiar um instituto público na área da Saúde, seja num qualquer lugar de Governo", acusou Louça, considerando que "isso mostra-nos o desespero em que está o PS".
O coordenador do Bloco de Esquerda estendeu ainda as suas críticas, ao afirmar que via neste episódio "uma forma de política menor, de vergonha, que é uma política que oferece lugares de Estado, que trafica influências e oferece lugares a troco de algum apoio".
"Isto é uma vergonha, é a forma de governar em maioria absoluta, é pensar que o Estado é de um partido, mas não é. A democracia não permite traficâncias", lançou Francisco Louça, defendendo que a democracia é "lugar de responsabilidade" e "um partido que em vésperas de eleições anda a distribuir mordomias é um partido que não merece governar".
PS rejeita qualquer convite
Ainda ontem, em declarações à Agência Lusa, o porta-voz dos socialistas considerou "falsas" as declarações de Francisco Louçã, garantindo que "não é verdade que Joana Amaral Dias tenha sido convidada para deputada pelo secretário-geral do PS e não é verdade também que tenha sido convidada para um cargo num instituto público".
Nesse sentido, João Tiago Silveira qualificou de "falsas" as palavras do dirigente bloquista, acrescentando que estas constituem "a prova de que o dr. Francisco Louçã deixou de discutir ideias e propostas porque só pretende dizer mal do PS com base em histórias falsas".
"O dr. Francisco Louçã assume-se como a muleta da direita, já que passou a ser um comentador de factos que não existem nem existirão", deixou ainda o porta-voz.
Louçã estende críticas ao caso BPN
A intervenção de Louçã no almoço-comício que decorreu numa associação recreativa do Barreiro foi desenvolvida à volta da palavra "favorecimento", com o bloquista a apontar vários exemplos que no seu entender demonstram que o Executivo socialista pautou os qutro anos de mandato governativo por políticas de favor: um dos exemplos apontados foi o caso BPN.
Louçã considera que o Estado fez uso de três mil milhões de euros dos dinheiros dos contribuintes para salvar os activos do banco e apontou ainda ao Governo um caso de favorecimento depois de em sede de concertação social, esta sexta-feira, na reunião que abordou os custos da gripe A, ter ficado decidido que os encargos serão "assumidos pelos trabalhadores e pela segurança social sem que às empresas sejam pedidos sacrifícios ou responsabilidades".
O dirigente bloquista apontou ainda o dedo ao primeiro-ministro relativamente ao caso do terminal de contentores de Alcântara, dizendo que "sabemos agora que Sócrates garantiu à Mota-Engil um contrato em monopólio nos contentores de Alcântara".
"Até ao dia em que Sócrates fizer 85 anos de idade está a Mota -Engil segura, tem sempre um lucro garantido e no dia em que a sua operação não tiver lucro garantido, o Estado paga o lucro que eles não tiveram a operar sozinhos sem concorrência, sem concurso, num contrato que lhes dá todas as garantias", considerou.