Política
Orçamento 2011
Maioria conforma-se com a aprovação do Orçamento
Mais de metade dos portugueses inquiridos numa sondagem da Universidade Católica para a RTP manifestam-se contra a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Executivo socialista, mas consideram que as contas devem ser viabilizadas no crivo da Assembleia da República. O estudo de opinião foi realizado no primeiro fim-de-semana de negociações entre o Governo e o PSD, quando a aprovação não era ainda um dado adquirido.
A proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Ministério das Finanças merece a desaprovação de 55 por cento dos inquiridos na sondagem da Universidade Católica para a RTP. Vinte e um por cento mostram-se a favor e outros 24 por cento dizem que não sabem ou escusam-se a responder.

Todavia, quando questionados sobre o que seria melhor para o país, 54 por cento consideram que o Orçamento do Estado deve ser aprovado no Parlamento, um quarto dos inquiridos concluiu que Portugal ficaria melhor sem o documento e os demais não sabem ou não respondem.

Impacto das medidas de austeridade
A sondagem foi produzida no primeiro fim-de-semana do processo de negociações entre as equipas chefiadas pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e o antigo titular da pasta Eduardo Catroga. O estudo leva, como tal, em conta as medidas de austeridade delineadas pelo Governo socialista.
Na auscultação do universo de inquiridos sobressai o agravamento do IVA para 23 por cento. É esta a medida encarada como a mais gravosa para as famílias. Segue-se o aumento do IRS, o corte no abono de família, a redução das deduções fiscais e o congelamento das pensões.

Obtêm percentagens mais reduzidas a diminuição de outros apoios sociais, o corte nos salários e o congelamento de promoções no Estado.

Ainda de acordo com o estudo de opinião, mais de dois terços dos portugueses (70 por cento) esperam um aumento da carga fiscal nos próximos meses. Uma larga maioria – 84 por cento – está contra a via de reequilíbrio das contas pelo lado da receita. Um em cada cinco inquiridos admite mesmo experimentar dificuldades no pagamento atempado de despesas como a prestação da casa, as contas da electricidade, água e gás e a alimentação.
Quanto aos reflexos das propostas do PSD, 33 por cento dos inquiridos acreditavam, no arranque das negociações, que o Orçamento não sofreria alterações. Já 26 por cento responderam que as medidas sociais-democratas poderiam melhorar o documento e nove por cento entendiam que as contribuições do maior partido da Oposição iriam piorá-lo.

Portugueses aplaudem greve mas não aderem
Perante o apelo das centrais sindicais UGT e CGTP para a greve geral de 24 de Novembro, 66 por cento dos inquiridos respondem que não tencionam aderir à paralisação. Apenas 12 por cento têm a certeza de que vão cumprir a greve. É na Função Pública que a adesão ganha mais peso.

Independentemente da adesão à greve geral, mais de metade dos inquiridos concordam com a acção de protesto contra o novo pacote de austeridade orçamental.

Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias entre os dias 23 e 25 de Outubro de 2010.
O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental.
Foram obtidos 1.140 inquéritos válidos, sendo que 56 por cento dos inquiridos eram do sexo feminino, 33 por cento da região Norte, 20 por cento do Centro, 37 por cento de Lisboa e Vale do Tejo, seis por cento do Alentejo e cinco por cento do Algarve. A taxa de resposta foi de 43,9 por cento.
A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1.140 inquiridos é de 2,9 por cento, com um nível de confiança de 95 por cento.
Todavia, quando questionados sobre o que seria melhor para o país, 54 por cento consideram que o Orçamento do Estado deve ser aprovado no Parlamento, um quarto dos inquiridos concluiu que Portugal ficaria melhor sem o documento e os demais não sabem ou não respondem.
Impacto das medidas de austeridade
A sondagem foi produzida no primeiro fim-de-semana do processo de negociações entre as equipas chefiadas pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e o antigo titular da pasta Eduardo Catroga. O estudo leva, como tal, em conta as medidas de austeridade delineadas pelo Governo socialista.
Na auscultação do universo de inquiridos sobressai o agravamento do IVA para 23 por cento. É esta a medida encarada como a mais gravosa para as famílias. Segue-se o aumento do IRS, o corte no abono de família, a redução das deduções fiscais e o congelamento das pensões.
Obtêm percentagens mais reduzidas a diminuição de outros apoios sociais, o corte nos salários e o congelamento de promoções no Estado.
Ainda de acordo com o estudo de opinião, mais de dois terços dos portugueses (70 por cento) esperam um aumento da carga fiscal nos próximos meses. Uma larga maioria – 84 por cento – está contra a via de reequilíbrio das contas pelo lado da receita. Um em cada cinco inquiridos admite mesmo experimentar dificuldades no pagamento atempado de despesas como a prestação da casa, as contas da electricidade, água e gás e a alimentação.
Quanto aos reflexos das propostas do PSD, 33 por cento dos inquiridos acreditavam, no arranque das negociações, que o Orçamento não sofreria alterações. Já 26 por cento responderam que as medidas sociais-democratas poderiam melhorar o documento e nove por cento entendiam que as contribuições do maior partido da Oposição iriam piorá-lo.
Portugueses aplaudem greve mas não aderem
Perante o apelo das centrais sindicais UGT e CGTP para a greve geral de 24 de Novembro, 66 por cento dos inquiridos respondem que não tencionam aderir à paralisação. Apenas 12 por cento têm a certeza de que vão cumprir a greve. É na Função Pública que a adesão ganha mais peso.
Independentemente da adesão à greve geral, mais de metade dos inquiridos concordam com a acção de protesto contra o novo pacote de austeridade orçamental.
Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias entre os dias 23 e 25 de Outubro de 2010.
O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental.
Foram obtidos 1.140 inquéritos válidos, sendo que 56 por cento dos inquiridos eram do sexo feminino, 33 por cento da região Norte, 20 por cento do Centro, 37 por cento de Lisboa e Vale do Tejo, seis por cento do Alentejo e cinco por cento do Algarve. A taxa de resposta foi de 43,9 por cento.
A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1.140 inquiridos é de 2,9 por cento, com um nível de confiança de 95 por cento.