Mariana Leitão quer uma IL "revigorada" e "radical naquilo que verdadeiramente importa"

No primeiro discurso da X Convenção Nacional, e ainda enquanto candidata ao partido, Mariana Leitão apresentou os objetivos que tem para o novo ciclo liberal. Uma Iniciativa Liberal assumidamente "radical" e "revigorada", é o que propõe a líder da bancada parlamentar.

RTP /
Lusa

Mariana Leitão começou por recordar que a Iniciativa Liberal foi fundada quando no Governo estava a “Geringonça”, à qual apontou responsabilidades pela "estagnação, resignação e radicalismo de esquerda" que travaram a economia e prejudicaram os serviços públicos.

E ainda num contexto do nascimento do partido, sublinhou que, ao “mesmo tempo que entrou a Iniciativa Liberal, chegou ao Parlamento a direita do caos”.

"Em 2024, abriu-se uma janela para a Iniciativa Liberal dar o passo decisivo no contributo para uma alternativa reformista no país", quando a direita venceu as legislativas. No entanto, o partido “não tem hoje as condições para contribuir para uma solução de Governo”.

“Assumimo-lo sem quaisquer complexos: a nossa função, hoje, é outra", continuou. "A direita do caos já começa a esconder-se atrás da responsabilidade para deixar tudo na mesma. Não tenhamos dúvidas: o Chega não é mais do que um novo socialismo à direita".

"Não defendem a nossa soberania enquanto indivíduos. Não defendem qualquer reforma para Portugal. São coletivistas, estatistas, e paternalistas", defendeu. 

Ainda sobre o Chega, que acusou de precisar "tanto do Estado como os outros", Mariana Leitão apontou que, "como a economia não cresce, querem os mesmos apoios, a mesma subsidio-dependência e o mesmo paternalismo, mas só para os seus".

"Nas políticas, pouco os distingue do desgoverno que nos trouxe até aqui. E é só uma questão de tempo até que todos o entendam"
, afirmou.

O Governo de Luís Montenegro não escapou às críticas que, nas palavras da candidata liberal, “pensa que falar em reformas e inventar um ministério chega para agradar aos liberais”.

Um partido IL "radical no que verdadeiramente importa"

Mariana Leitão não tem dúvidas de que este "novo ciclo" do partido tem de começar "dentro de casa", e com “uma Iniciativa Liberal mais coesa, mais ideológica, mais convicta".

Contrariando o antecessor, que negou ser moderando, a candidata a presidente da IL afirmou mesmo que o partido "não pede desculpa por ser liberal".

"Sejamos radicais - sim, radicais - naquilo que verdadeiramente importa", declarou, acrescentando que o partido deve ser radical "na defesa da liberdade das pessoas", "na convicção de que ninguém deve ser propriedade do Estado" e na ideia de que cada pessoa "tem o direito inalienável de viver como entender", sem desrespeitar os direitos de todos.

Mariana Leitão afirmou querer um partido radical "na defesa da autonomia pessoal" e na "defesa do direito de cada um construir o seu caminho, falhar, tentar de novo, vencer - sem ser esmagado por impostos, pareceres ou preconceitos ideológicos".

"Radicais na responsabilidade individual, porque é nela que começa a verdadeira solidariedade e radicais na certeza de que o Estado não é o pai de ninguém, nem o patrão de todos".

E acrescentou que quer uma IL radical "na defesa da liberdade de viver sem medo do Estado, sem medo da maioria, sem medo de qualquer moda de qualquer Governo".

Mariana Leitão propõe-se a construir “uma Iniciativa Liberal revigorada".
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