Mendes alerta ministra da Saúde de que "já não chega ter diagnósticos, é preciso soluções"

O candidato presidencial Luís Marques Mendes alertou hoje a ministra da Saúde de que, ao fim de mais de um ano em funções, "já não chega ter diagnósticos" ou "estados de alma", são necessárias soluções.

Lusa /
Hugo Delgado - Lusa

"Ao fim de um ano e meio, já não chega ter diagnósticos, estados de alma ou desabados. É preciso ter soluções", defendeu, considerando que "mesmo enquanto não há um acordo de regime na saúde, convém haver resultados".

Luís Marques Mendes falava aos jornalistas em Lisboa, à chegada a um almoço comemorativo dos 40 anos da tomada de posse do primeiro de três governos liderados por Aníbal Cavaco Silva.

O candidato não quis responder se a ministra Ana Paula Martins tem condições de continuar em funções nem comentar o caso da grávida que morreu durante a madrugada na Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra.

"Eu não vou pronunciar-me nem sobre demissões, não é o meu papel, nem sobre casos concretos.  O que eu digo é o seguinte, enquanto não houver um acordo de regime em matéria do Serviço Social e Saúde, que é uma coisa que deve haver no futuro, eu acho que é preciso haver, entretanto, soluções", salientou.

O candidato a Presidente da República nas eleições presidenciais de 18 de janeiro referiu que o papel é "falar sobre os problemas das pessoas". 

"O que é que interessa ao comum dos portugueses? Ter soluções, ter as urgências a funcionar, ter a saúde a melhorar", assinalou.

"As pessoas, em concreto, o que querem é que se resolva os problemas delas. Agora, se é por via da ministra, da secretária de Estado ou do primeiro-ministro, que encontrem soluções, porque já é tempo. Um ano e meio é tempo para ter soluções, não posso ser mais claro", salientou Marques Mendes. 

Sobre o acordo político sugerido pelo Presidente da República, sobre o papel do SNS, do setor social e do setor privado na saúde, para que haja um quadro de médio prazo, Marques Mendes assinalou que foi "talvez dos primeiros políticos em Portugal, a defender um acordo de regime na saúde, já há muitos meses".

"Eu defendo, desde março, um acordo de regime para mudar o modelo de organização e de gestão do Serviço Nacional de Saúde. E, quando chegar à Presidência da República, vou-me empenhar nisso", indicou.

"Eu tenho sempre acentuado que, para mim, a coisa mais importante é um Presidente da República ter um poder mediador, um poder de árbitro, de fazer pontes, de juntar as partes. E já identifiquei quais são os setores em que deve acontecer essa capacidade de diálogo, com a saúde à cabeça", defendeu.

Na ocasião, Luís Marques Mendes foi questionado também sobre a sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã que o coloca na liderança da corrida a Belém nas intenções de voto.

O candidato disse estar "satisfeito", mas sem lhe "subir o poder nem a importância à cabeça".

"É um sinal de confiança e de esperança para o futuro", considerou o antigo líder do PSD, indicando que não se vai "deslumbrar" e vai "continuar a trabalhar da mesma forma, próximo das pessoas, com modernaça e sentido de responsabilidade".

 

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