"Não faz parte dos meus planos". Marta Temido fora da corrida à liderança do PS
Foto: Pedro A. Pina - RTP
A socialista diz que "evidentemente" não pretende ser candidata porque está concentrada no lugar de eurodeputada. Temido também defende que o PS deve viabilizar um governo da AD, discorda da revisão constitucional e concorda (mas com cautelas) com o apelo de Rui Tavares, do Livre, para coligações à esquerda nas autárquicas.
A eurodeputada afirma: "quando vim para o Parlamento Europeu, fui muito clara relativamente a isso".
A antiga ministra da Saúde quer um PS mais aberto, ao dizer que "o partido não pode fechar-se em si mesmo", sugerindo eleições primárias e sublinhando que deve ir mais além do "leque de militantes, simpatizantes e fiéis".
"Essa é uma parte dos erros dos partidos clássicos", considera Marta Temido, ouvida no Ponto Central, do Programa da Manhã da Antena 1. Governo AD sim, revisão constitucional não
Depois da vitória da coligação PSD/CDS nas eleições legislativas antecipadas, realizadas no último domingo, Marta Temido diz que a decisão dos portugueses deve ser respeitada, pedindo "estabilidade dos ciclos eleitorais".
Viabilizando um novo governo liderado por Luís Montenegro, a antiga governante aponta para a necessidade do PS "perceber o que falhou, construir de novo e apresentar propostas".
Sobre a proposta que o líder da Iniciativa Liberal disse ontem que ia apresentar de revisão constitucional, Marta Temido acusa a direita de "puro oportunismo político".
"A sua grande procupação provavelmente é eliminar a palavra socialismo no preâmbulo da Constituição", dizendo que "há muito mais vida" além das "prisões de entricheiramento ideológico".
Questionada a propósito da ideia deixada pelo porta-voz do Livre, Rui Tavares, de uma "esquerda unida" para as eleições autárquicas, Marta Temido admite que possam existir entedimentos, mas deixa algumas reservas.
"As eleições autárquicas são diferentes, e nesse sentido pode fazer sentido a nota que Rui Tavares nos deixa, mas não podemos perder o centro", avisa.
Acrescentando que "o PS é um partido de centro-esquerda, não é um partido de extrema-esquerda", Temido diz "não é com extremismos que conseguimos navegar numa sociedade complexa como aquela em que vivemos".
"As eleições autárquicas são diferentes, e nesse sentido pode fazer sentido a nota que Rui Tavares nos deixa, mas não podemos perder o centro", avisa.
Acrescentando que "o PS é um partido de centro-esquerda, não é um partido de extrema-esquerda", Temido diz "não é com extremismos que conseguimos navegar numa sociedade complexa como aquela em que vivemos".