O "lado certo" do CDS-PP em Sintra

Em Sintra, a AD desfez-se e as coligações são outras. No boletim de voto, no dia 12 de outubro, o CDS-PP vai ao lado do PPM e do ADN, com Maurício Rodrigues a encabeçar a lista.

Oriana Barcelos /

Foto: Oriana Barcelos

O centrista conhece a câmara - foi vereador até agora - e é ele quem acusa os social-democratas de abandono: "A AD existe em muitos concelhos e em Sintra também existia - mas não chegámos a entendimento, até porque nós temos um projeto diferente do atual candidato do PSD. Basta dizer que ele vai com a IL e com o PAN e nós não nos coligamos com determinados partidos, entre os quais o PAN. Nós somos um partido democrata-cristão, um partido tradicionalista, um partido humanista e que defende os valores de Portugal e dos portugueses", explicou o candidato.

No arranque da campanha, Maurício Rodrigues não esteve sozinho: Nuno Melo, o presidente do partido, fez questão de ir a Algueirão Mem-Martins agitar as bandeiras. É um apoio necessário, tendo em conta as primeiras projeções para estas autárquicas: uma sondagem do ISC/ISCTE para o Expresso e para a SIC, divulgada a 18 deste mês, mostra que o candidato tem apenas 2% das intenções de voto. O líder da coligação CDS-PP, PPM, ADN justifica o resultado com o arranque tardio na corrida às urnas. "Nós partimos tarde - partimos cerca do dia 30 de julho e ainda não tinhamos cartazes na rua quando a sondagem foi feita. Prova disso é esta gente toda que está connosco. Tenho a certeza que vamos ter um ótimo resultado", afirmou.

Nuno Melo, também acredita no valor da lista que apresenta em Sintra. "Quem olhe para o CDS em Sintra vê autarcas que têm trabalho feito. Podem avaliar e dizer 'o trabalho é bom' ou 'o trabalho é mau'. Eu sei que o trabalho dos autarcas do CDS em Sintra, começando pelo Maurício, é muito bom e se há justiça na política, como há justiça na vida, isso também deverá ser medido no próximo dia 12, quando os votos forem contados", referiu.

O líder centrista volta a dizer que ninguém tem de levar a mal que aqui - ou noutro lugar qualquer - o partido concorra sozinho. "Pobre do partido político que tenha medo ou vergonha de ir a votos", sublinhou Nuno Melo. E medo o CDS não tem. O que tem são certezas: "Os sintrenses sabem exatamente ao que vamos e o que têm votando no Maurício Rodrigues. Sabem que, neste fiel da balança, o CDS estará do lado certo, do lado da decência, do lado da prudência, da boa gestão autárquica, da competência", disse ainda - sabendo que "o lado certo", em Sintra, deixa de fora os parceiros da coligação nacional.
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