Paulo Raimundo. "É preciso" que os jovens "deem um murro na mesa"
Foto: Francisco Romão Pereira - RTP
O secretário-geral do Partido Comunista Português desvalorizou em entrevista à RTP indicadores que mostram que a intenção de voto na CDU nas pessoas dos 18 aos 24 anos é inferior a um por cento.
"Os jovens são inundados com promessas e ilusões", apontou, "e depois há a realidade", de milhares de jovens "sem conseguirem sair de casa dos pais".
"É preciso que essas novas gerações deem um murro na mesa e façam um sobressalto", desafiou. "Precisamos de uma rotura com este caminho que está a empurrar os jovens não para o futuro mas para o passado".
Paulo Raimundo afirmou estar "convencido" que "o projeto que responde aos mais jovens e às suas necessidades é o projeto da CDU".
Paulo Raimundo considerou ainda que o "fascismo não morreu" mas que um bando de delinquentes fascistas" que entraram emconfrontos com a polícia no Martim Moniz no dia 25 de Abril, "não podem marcar" os valores da revolução, mostrando-se convicto que a juventude portuguesa não irá deixar ressurgir o fascismo.
O secretário-geral do PCP afirmou ainda que "não acredita no cenário" de uma possível guerra na Europa que tem estado a levar os estados europeus, incluindo Portugal, a investir mais na indústria europeia de Defesa, no quadro da NATO. "Estamos a ser enganados", afirmou.
Os investimentos na defesa ameaçam os apoios sociais, criticou.
Para a próxima legislatura, Paulo Raimundo promete "escancarar" janelas para abrir "caminho às soluções" de esquerda, criticando o Partido Socialista por "se colar ao PSD".