O PCP quer alargar para cinco anos o período de impedimento de entrada no privado para quem exerceu cargos públicos. A proposta penaliza também as empresas. No fim da reunião do Comité Central, Paulo Raimundo acusou o Governo de querer privatizar tudo o que não consegue resolver.
"O PCP volta mais uma vez a agendar a discussão do projeto de lei que visa combater a promiscuidade entre os cargos políticos e os grupos económicos, aumentando o período de impedimento do exercício de cargos em empresas privadas, e penalização das empresas que violem a lei", anunciou Paulo Raimundo, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, em Lisboa.
O secretário-geral comunista, que apresentava as conclusões da reunião do Comité Central que decorreu este fim de semana, adiantou que os comunistas querem alargar este período dos atuais três para cinco anos, proposta que já apresentaram noutras legislaturas, desta vez com uma novidade.
Para o PCP, além do próprio ex-governante, que está sujeito a sanções de acordo com a lei, as empresas que não cumpram este período de nojo também devem ser "punidas por esse facto".
"E numa altura em que são tantos os casos, os acontecimentos e as notícias em torno de cargos públicos e políticos, talvez fosse tempo de dar esse passo", defendeu, reconhecendo que "não resolve tudo".
No passado dia 28 de janeiro, o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, demitiu-se depois de ter sido noticiado pela RTP que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante e responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.
Para o PCP, além do próprio ex-governante, que está sujeito a sanções de acordo com a lei, as empresas que não cumpram este período de nojo também devem ser "punidas por esse facto".
"E numa altura em que são tantos os casos, os acontecimentos e as notícias em torno de cargos públicos e políticos, talvez fosse tempo de dar esse passo", defendeu, reconhecendo que "não resolve tudo".
No passado dia 28 de janeiro, o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, demitiu-se depois de ter sido noticiado pela RTP que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante e responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.
c/ Lusa