Porfírio Silva diz que é preciso "honrar" património sindicalista do socialismo

O deputado e dirigente socialista Porfírio Silva afirmou hoje que é preciso "saber honrar" o património sindicalista que está na génese do socialismo democrático e impedir que o sindicalismo seja controlado por um único partido.

Lusa /

Já noite dentro durante o primeiro dia da 23.º reunião magna do PS, o membro do Secretariado Nacional socialista enalteceu a proximidade entre os autarcas do partido e os cidadãos, mas disse que é preciso ir mais longe.

"Temos de aprofundar essa proximidade também em outras frentes, nomeadamente no associativismo, na economia social, no cooperativismo, nos movimentos cívicos pelos direitos humanos, no mundo da educação, sem esquecer o mundo do trabalho", sublinhou, referindo-se aos "camaradas com militância sindical".

O deputado exortou que não se pode "esquecer que o socialismo democrático, a social-democracia e o trabalhismo, embora se organizem hoje em partidos interclassistas, nasceram nos movimentos dos trabalhadores", e é preciso "saber honrar" e "ter orgulho nesse património".

"No mundo sindical também se trabalha pela democracia no país, por exemplo, no caso dos trabalhadores socialistas da UGT [União Geral de Trabalhadores], por uma concertação social moderna e progressista, e também se trabalha pela democracia no seio do próprio movimento sindicalista", sustentou.

Porfírio Silva deixou ainda também uma palavra de apreço pelos "que lutam para que o movimento sindical seja democrático, não seja monolítico e não seja controlado por nenhum partido", aludindo ao PCP.

O eleito socialista também apontou à direita e criticou os partidos que "em exercício de pequena política tentam destabilizar" a governação socialista.

"A extrema-direita e os populismos agressivos estão ao ataque contra os partidos, porque sabem que os partidos democráticos são o povo organizado a trabalhar pelo bem comum", concluiu.

O 23.º Congresso do PS decorre entre hoje e domingo, em Portimão (distrito de Faro). Cerca das 23:50, com a maioria dos lugares já vazios, ainda estavam inscritos para intervir no púlpito do congresso cerca de 10 delegados.

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