Política
Posição do Governo sobre Venezuela considerada tímida à direita
“Relativamente tímida e passiva”. É assim que o CDS-PP encara a forma como o Governo português está a reagir aos acontecimentos na Venezuela de Nicolás Maduro. O partido de Paulo Portas quer dedicar um debate à eleição da Assembleia Constituinte naquele país da América do Sul e vai propô-lo na comissão permanente do Parlamento. Do PSD sai um pedido para que o Executivo agilize o acolhimento de portugueses ou lusodescendentes que “queiram regressar” a Portugal.
“Tomámos nota da posição do Governo português do não reconhecimento destas eleições”, reagiu esta quinta-feira, em conferência de imprensa na Assembleia da República, o deputado do CDS-PP Telmo Correia, para acrescentar que, para os democratas-cristãos, esta é uma postura “relativamente tímida e passiva”.
Segundo o deputado, a eleição da Assembleia Constituinte venezuelana, concretizada no passado domingo, “não foi só um passo negativo como disse o ministro”. Foi também “um passo em frente no sentido da ditadura que se está a consolidar”, frisou Telmo Correia, depois de se referir às declarações proferidas na véspera pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
A União Europeia recusou ontem reconhecer a Assembleia Constituinte da Venezuela e pediu a suspensão da sua “instalação efetiva”.
O CDS-PP pretende propor que a primeira reunião da comissão permanente do Parlamento, prevista para setembro, aborde a situação venezuelana. E caso a violência “se agrave” naquele país, admitiu Telmo Correia, o partido poderá pedir a antecipação da reunião para agosto.
De resto, o partido de Assunção Cristas elaborou um requerimento a questionar se o Governo “tem ou não mecanismos de apoio para aqueles que estão a fugir daquela situação de violência”, concretamente um eventual “plano de evacuação”. O CDS-PP pergunta ainda se o Executivo “está preparado” para fazer chegar “ajuda humanitária” à comunidade portuguesa na Venezuela e se tenciona “tentar a libertação dos presos políticos portugueses ou lusodescendentes”.
Ana Gil - Antena 1
“Uma posição ativa do Governo português na União Europeia é defender obviamente, no quadro da União Europeia, que este regime não pode ter nenhum tipo de apoio, deve ter algum tipo de isolamento e, se necessário, devem ser aplicadas sanções, designadamente aos altos responsáveis do regime”, sustentou Telmo Correia.
De baterias apontadas ao PCP, o deputado perguntaria mesmo se a posição do Executivo português “foi até certo ponto condicionada pelo facto de um dos principais partidos que apoia a solução de governo ser um defensor da ditadura venezuelana”.
“Agilizar procedimentos”
Por sua vez, o sucessor de Luís Montenegro na liderança da bancada parlamentar do PSD estimou que o Governo “andou bem” ao adotar uma posição “firme” sobre a eleição promovida pelo Presidente venezuelano. Ao mesmo tempo, porém, apelou a uma agilização de procedimentos para facilitar o acolhimento de portugueses ou lusodescendentes.
“É bom que o Governo comece a agilizar procedimentos para acolher todos aqueles lusodescendentes, portugueses, que queiram regressar ao nosso país”, afirmou Hugo Soares em conferência de imprensa na sede social-democrata de Faro.
Antena 1
Questionado sobre posições partidárias à esquerda do PS, o líder parlamentar do PSD enfatizou que PCP e BE preocupam “muito mais” a cúpula laranja quando “são uma força de bloqueio à transformação, às reformas estruturais de que o país precisa”. Isto porque, na sua opinião, “funcionam como espartilho ao Governo e à governação do PS”.
O dirigente do PSD faria ainda uma advertência contra a partidarização da questão venezuelana, que deveria “unir o país”. Quanto a eventuais sanções ao país sul-americano, Hugo Soares considerou que não cabe a Portugal “andar à frente”.
“A União Europeia ainda não colocou em cima da mesa essa matéria e eu creio que não vai ser Portugal que deve andar à frente nessa exigência”, disse.
c/ Lusa
Segundo o deputado, a eleição da Assembleia Constituinte venezuelana, concretizada no passado domingo, “não foi só um passo negativo como disse o ministro”. Foi também “um passo em frente no sentido da ditadura que se está a consolidar”, frisou Telmo Correia, depois de se referir às declarações proferidas na véspera pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
A União Europeia recusou ontem reconhecer a Assembleia Constituinte da Venezuela e pediu a suspensão da sua “instalação efetiva”.
O CDS-PP pretende propor que a primeira reunião da comissão permanente do Parlamento, prevista para setembro, aborde a situação venezuelana. E caso a violência “se agrave” naquele país, admitiu Telmo Correia, o partido poderá pedir a antecipação da reunião para agosto.
De resto, o partido de Assunção Cristas elaborou um requerimento a questionar se o Governo “tem ou não mecanismos de apoio para aqueles que estão a fugir daquela situação de violência”, concretamente um eventual “plano de evacuação”. O CDS-PP pergunta ainda se o Executivo “está preparado” para fazer chegar “ajuda humanitária” à comunidade portuguesa na Venezuela e se tenciona “tentar a libertação dos presos políticos portugueses ou lusodescendentes”.
Ana Gil - Antena 1
“Uma posição ativa do Governo português na União Europeia é defender obviamente, no quadro da União Europeia, que este regime não pode ter nenhum tipo de apoio, deve ter algum tipo de isolamento e, se necessário, devem ser aplicadas sanções, designadamente aos altos responsáveis do regime”, sustentou Telmo Correia.
De baterias apontadas ao PCP, o deputado perguntaria mesmo se a posição do Executivo português “foi até certo ponto condicionada pelo facto de um dos principais partidos que apoia a solução de governo ser um defensor da ditadura venezuelana”.
“Agilizar procedimentos”
Por sua vez, o sucessor de Luís Montenegro na liderança da bancada parlamentar do PSD estimou que o Governo “andou bem” ao adotar uma posição “firme” sobre a eleição promovida pelo Presidente venezuelano. Ao mesmo tempo, porém, apelou a uma agilização de procedimentos para facilitar o acolhimento de portugueses ou lusodescendentes.
“É bom que o Governo comece a agilizar procedimentos para acolher todos aqueles lusodescendentes, portugueses, que queiram regressar ao nosso país”, afirmou Hugo Soares em conferência de imprensa na sede social-democrata de Faro.
Antena 1
Questionado sobre posições partidárias à esquerda do PS, o líder parlamentar do PSD enfatizou que PCP e BE preocupam “muito mais” a cúpula laranja quando “são uma força de bloqueio à transformação, às reformas estruturais de que o país precisa”. Isto porque, na sua opinião, “funcionam como espartilho ao Governo e à governação do PS”.
O dirigente do PSD faria ainda uma advertência contra a partidarização da questão venezuelana, que deveria “unir o país”. Quanto a eventuais sanções ao país sul-americano, Hugo Soares considerou que não cabe a Portugal “andar à frente”.
“A União Europeia ainda não colocou em cima da mesa essa matéria e eu creio que não vai ser Portugal que deve andar à frente nessa exigência”, disse.
c/ Lusa