Política
"Correu bem". Presidente da República submetido a cirurgia urgente devido a hérnia encarcerada
Marcelo Rebelo de Sousa deverá ficar internado no Hospital de São João por mais dois dias e o período de repouso poderá ir até duas semanas, mas o presidente da República vai continuar a exercer "plenamente" as suas funções, indicou o chefe da Casa Civil.
A cirurgia do presidente da República terminou já perto das 00h00 desta terça-feira.
"A intervenção cirúrgica a que foi submetido o presidente da República já terminou e correu bem. O presidente da República já está acordado e bem disposto", lê-se em nota publicada na página da Presidência da República.
A presidente do Conselho da Administração do Hospital de São João, Maria João Baptista, indicou que a cirurgia decorreu "sem complicações", mas que foi "importante" ter sido operado com rapidez.
"Foi perfeitamente atempada, mas era importante ser agora. Podia ter havido algumas complicações", acrescentou, explicando que um problema de hérnia encarcerada impede a circulação do sangue e provoca a morte de tecidos, pelo que poderia obrigar a retirar parte do intestino.
Assim, após a cirurgia, "é expectável que o tempo de recuperação seja relativamente curto", apontou. Marcelo Rebelo de Sousa deverá ficar internado no Hospital de São João por dois dias e poderá receber visitas.
Elisabete Barbosa, diretora do serviço de cirurgia do Hospital de São João, não prevê que haja mais nenhuma complicação e explica que o presidente “vai ter de reduzir a atividade física nos próximos dias”, previsivelmente nas próximas duas semanas.
A diretora do serviço hospitalar reiterou que a rápida intervenção foi “determinante” e explicou que se esperasse mais tempo arriscava ter de fazer uma resseção intestinal.
Elisabete Barbosa, diretora do serviço de cirurgia do Hospital de São João, não prevê que haja mais nenhuma complicação e explica que o presidente “vai ter de reduzir a atividade física nos próximos dias”, previsivelmente nas próximas duas semanas.
A diretora do serviço hospitalar reiterou que a rápida intervenção foi “determinante” e explicou que se esperasse mais tempo arriscava ter de fazer uma resseção intestinal.
Substituição? Marcelo "está perfeitamente capaz"
O chefe da Casa Civil do presidente afastou de novo a hipótese de Marcelo Rebelo de Sousa ser substituído em funções por questões de saúde, afirmando que o presidente “está perfeitamente capaz”.
“Já esteve a discutir assuntos comigo, já queria rever a agenda. É o presidente que conhecemos”, disse Fernando Frutuoso de Melo.
O chefe da Casa Civil adiantou que a agenda desta terça-feira está cancelada “e a seguir veremos”.
“Se tiver que fazer alguma alteração na sua agenda fará, mas continuará a exercer as suas funções plenamente”, garantiu.
O chefe da Casa Civil do presidente afastou de novo a hipótese de Marcelo Rebelo de Sousa ser substituído em funções por questões de saúde, afirmando que o presidente “está perfeitamente capaz”.
“Já esteve a discutir assuntos comigo, já queria rever a agenda. É o presidente que conhecemos”, disse Fernando Frutuoso de Melo.
O chefe da Casa Civil adiantou que a agenda desta terça-feira está cancelada “e a seguir veremos”.
“Se tiver que fazer alguma alteração na sua agenda fará, mas continuará a exercer as suas funções plenamente”, garantiu.
Antes da cirurgia, que teve a duração de 1h30, o chefe da Casa Civil já havia dito que a questão da substituição não se colocava naquele momento.
Em declarações aos jornalistas, Maria João Baptista, presidente do Conselho da Administração do Hospital de São João, realçava antes da cirurgia que a intervenção tinha um risco "relativamente baixo".
"O facto de o presidente já ter sido submetido a uma cirurgia prévia por uma hérnia semelhante a este quadro que tem neste momento foi um dos fatores que nos fez tomar a decisão já de imediato, porque tem um histórico prévio de já ter necessitado deste tipo de cirurgia". assinalou a presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João.
Trata-se de uma cirurgia "urgente, não emergente", afirmou ainda antes da intervenção.
O presidente da República teve os primeiros sintomas de desconforto na segunda-feira ao sair de Lisboa, após ter marcado presença nas cerimónias do 1.º de Dezembro. Partiu com destino a Amarante para participar nas cerimónias fúnebres do ex-presidente da Mota-Engil, António Mota. Horas depois, chegou ao hospital no Porto indisposto, com dores e vómitos.
Ao início da noite, a Presidência da República confirmava que Marcelo Rebelo de Sousa tinha sido admitido esta segunda-feira no Hospital de São João após uma indisposição "na sequência de uma paragem de digestão".
A Presidência da República adiantava também que o chefe de Estado tinha sido admitido ao final da tarde "quando regressava de Amarante, das exéquias do Engenheiro António Mota".
De acordo com a nota publicada na página da Presidência, os médicos que acompanham Marcelo "entenderam que, antes de fazer a viagem de regresso a Lisboa, seria melhor proceder a exames médicos".
O primeiro-ministro Luís Montenegro falou com o presidente da República e está a acompanhar a situação.
O primeiro-ministro Luís Montenegro falou com o presidente da República e está a acompanhar a situação.