Presidente do PS pede mais apoio a famílias e empresas e imposto extraordinário a quem lucra com a crise inflacionária

por Alexandre David

Face ao aumento do custo de vida, Carlos César entende que o Estado deve reforçar os apoios às famílias e às empresas. O presidente do PS defende ainda que o governo taxe as grandes empresas que estejam a ter lucros excessivos com a subida da inflação.

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, defende que “é necessário ir mais além”, quer no reforço dos apoios às famílias e empresas, quer com os “que lucram com a crise inflacionária”.

Para Carlos César, as dificuldades são sentidas por todos, exceto “pelo que se vê” por “umas quantas grandes empresas que, no presente contexto inflacionário, revelam lucros excessivos ou, no mínimo, excecionalmente elevados”.
“Deviam ser objeto de uma coleta fiscal extraordinária, pelo menos na componente que não se destine ao reinvestimento. Não compreendo que assim não se proceda”, acrescentou, numa publicação divulgada na rede social Facebook.

O governo anunciou ontem um reforço do abono de família para um mínimo de 600 euros anuais por filho, para crianças dos 1.º e 2.º escalões, e criou uma prestação adicional para crianças em situação de pobreza extrema.

Carlos César vincou que estas “são medidas importantes”, a que se soma a partir de 1 de setembro a gratuitidade das creches.

“Mas é necessário fazer mais, incluindo, também, outros setores afetados no seu rendimento, promovendo, ‘já no próximo mês de setembro’ como o primeiro-ministro indiciou no mês passado, o reforço de apoios às famílias e às empresas, para que possam fazer ‘face aos efeitos da inflação’”, sublinhou.

O presidente do PS referiu que deve haver um acompanhamento “com muita proximidade e no limite das finanças públicas”, sobre “os efeitos que se adensam na vida das famílias e das empresas”, agindo “diretamente, ainda que a título extraordinário, no seu rendimento e salvaguardar bens essenciais como, por exemplo, no setor da habitação ou no acesso aos cuidados de saúde”.

“Ora, é bom que o governo se apresse e que o faça com a expressão suficiente e adequada face às dificuldades, quer conjunturais quer estruturais, que todos sentem”, rematou.

(Com Lusa)
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