Primeiro-ministro revoga decisão. As reações à decisão de António Costa

por RTP

O primeiro-ministro revogou o despacho sobre o plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa. António Costa quer ouvir a oposição antes de decidir a localização do novo aeroporto.

O presidente do PSD, Rui Rio, considera que o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, "não tem condições" para continuar no Governo e considerou que, se o primeiro-ministro não o demitir, o Presidente da República deve intervir.

"É claro para mim que o ministro não tem condições para estar no Governo (...) Se o primeiro-ministro assobiar para o ar e tentar que tudo continue na mesma, acho que o Presidente da República numa situação destas deve ter uma intervenção", afirmou o presidente do PSD, considerando que o que se passou "é algo de quase inédito".

Já o líder parlamentar social-democrata considera estranhas decisões e contradições.
Paulo Mota Pinto considera estranhas estas decisões e contradições e não tem dúvidas que isto mostra total descoordenação no Governo.
PCP fala em fragilidade do Governo
Paula Santos, líder da bancada parlamentar do PCP, considera que a desautorização do primeiro-ministro ao ministro das Infraestruturas revela "uma grande fragilidade do Governo".

Para o PCP a construção de um aeroporto no Montijo e de seguida em Alcochete, "não é a solução que o país necessita e não tem nenhuma justificação".

"Ninguém acredita que se vá fazer dois aeroportos. E a questão que é fundamental (...) é avançar com a construção faseada do novo aeroporto em Alcochete".
Segundo a deputada comunista, "o governo reconhece que está é a solução de futuro".

Paula Santos reconhece que o aeroporto de Lisboa não tem capacidade "pelos impactos que tem do ponto de vista da saúde pública".

"Há uma decisão que está tomada para a construção do novo aeroporto no campo de tiro de Alcochete, que só foi alterada depois da privatização da ANA", frisa a deputada que defende que o que "defende o interesse nacional é a construção faseada em Alcochete".

"Insistir numa solução como a do aeroporto do Montijo é sobrepor os interesses do país aos interesses da ANA - Vinci".
Iniciativa Liberal "estupefacta" com a situação João Cotrim de Figueiredo considera que "a maior parte dos portugueses está estupefacta e que esta é uma história digna de uma república das bananas".

"Temos num dia um ministro que acha que pode fazer, decidir e comunicar o que lhe apetece e no outro um um primeiro-ministro que desautoriza completamente o seu ministro, mas não tem a coragem de o demitir ", afirmou o líder do Iniciativa Liberal.


João Cotrim de Figueiredo recorda que o Governo comemora hoje três meses de funções e esta situação mostra "níveis de degradação e de falta de unidade".
A reação do Chega O deputado do Chega Pedro Pinto sublinha preocupação com o facto de o Governo dizer uma coisa à noite e outra oposta no dia seguinte.
Toda esta trapalhada não inspira confiança no Governo afirma o PANA deputada do PAN Inês Sousa Real considera que o primeiro-ministro terá de esclarecer o país e os partidos da oposição.
BE fala em caos político incompreensível
Pedro Filipe Soares afirma que a um processo e decisão errada se junta "um caos político incompreensível nos primeiros meses de uma maioria absoluta"





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