Rangel quer ser "uma alternativa" para o PSD e " candidato a primeiro-ministro"

por RTP

Em entrevista à RTP, Paulo Rangel admite que pretende que o "PSD seja uma alternativa" e uma "solução de futuro", acrescentando que, dessa forma acredita que o partido pode alcançar uma "maioria estável" ou até mesmo uma "maioria absoluta". Criticando Rui Rio pelo apoio ao PS, o candidato à liderança do Partido Social Democrata garante que não está a "concorrer para ser vice-primeiro-ministro", mas sim "candidato a primeiro-ministro do PSD".

"Aquilo que pretendo que o PSD seja é uma alternativa. Uma alternativa ambiciosa e de esperança para os portugueses", começou logo por dizer Paulo Rangel, quando questionado sobre o que o separa de Rui Rio.

Segundo o candidato à liderança do Partido Social Democrata, o adversário "tem tido sempre um discurso que prevê acordos possíveis com o PS". Por isso, Rui Rio difere porque "vê mais os consensos do que a alternativa".

Além de uma alternativa, Rangel quer que a sua candidatura se distinga por ser também uma "solução de futuro, em que haja renovação geracional, capacidade para enfrentar novos desafios como as alterações climáticas, ou como por exemplo a digitalização".

"Rui Rio é, na verdade, um líder do sistema. Está há 40 anos no sistema político e , portanto, a renovação geracional é um aspeto importante", declarou.

Questionado se acredita mesmo que o PSD consegue obter uma maioria absoluta nas próximas eleições, embora todas as análises e dados não o prevejam, Rangel afirmou acreditar "que é possível realmente uma maioria estável, uma maioria clara, que pode mesmo chegar à maioria absoluta".

"Se o PSD for a alternativa, uma alternativa credível para criar riqueza e com isso combater a pobreza; se o PSD fizer um discurso que alimente a esperança das pessoas, um discurso pela positiva. Eu acho que nós podemos motivar os portugueses porque o descontentamento com este Governo é muito grande e, portanto, é preciso que haja uma alternativa clara, com rumo, com visão", respondeu.

Sobre a sua candidatura e a aproximação às legislativas antecipadas, Paulo Rangel admitiu ter se candidato à liderança do partido para "ser o candidato a primeiro-ministro do PSD".

"Eu não estou a concorrer para ser vice-primeiro-ministro", adiantou, referindo-se a críticas a Rui Rio. "Eu estou a concorrer à liderança do PSD para ser o candidato desta alternativa forte, ambiciosa, credível, que quer uma maioria para transformar Portugal, e para ser primeiro-ministro".

Quanto a potenciais acordos com o PS, o candidato a líder do PSD afirma que o PSD quer ser uma "alternativa" ao Partido Socialista.

"O PS está esgotado e exaurido", continuou. "O PS agora não pode fazer acordos à esquerda, portanto, o voto no PS é um voto inútil".
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