Reduções nos apoios sociais do PEC “inquieta” bancada do PS
O líder parlamentar do PS reconhece “preocupações” e “inquietações” sobre a área de apoios sociais do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) entre os deputados socialistas. Francisco Assis garante que as grandes linhas “estão definidas” mas “haverá algumas questões que serão objecto de clarificação”. Já sobre a alegada discórdia entre os membros do Governo sobre políticas do PEC é classificada de “especulação”.
Sobre a reunião de quinta-feira, do grupo parlamentar do PS, Francisco Assis diz que "houve uma discussão aberta e que nem todos temos as mesmas opiniões".
O líder da bancada parlamentar rejeita a ideia de críticas ao Governo e garante que, na próxima terça-feira, dia da reunião do grupo com o ministro das Finanças, tudo será esclarecido. Dizendo estar convicto que o encontro com Teixeira dos Santos, na próxima semana, servirá para esclarecer todas as dúvidas, o ministro dos Assuntos Parlamentares veio afastar a hipótese de qualquer mudança no texto do PEC.
Ministros apressam-se a garantir que PEC é pacífico
Em relação às notícias, publicadas esta sexta-feira, que dão conta de uma divisão entre os ministros sobre o PEC, o ministro dos Assuntos Parlamentares apelida-as de "especulação - sem qualquer fonte identificadora que possa assumir a responsabilidade por esse tipo de afirmações - não tem fundamento, porque a regularidade, a normalidade e a coesão do Conselho de Ministros é a mesma de sempre".
Garantindo que o Governo está unido em defesa do PEC, Jorge Lacão explica que o que aconteceu com o PEC acontece com todos os assuntos discutidos pelo Governo: muita troca de impressões. "Há locais onde o dever de reserva deve permanecer e as reuniões do Conselho de Ministros estão subordinadas a esse princípio de reserva, que todos nós sabemos espreitar", comentou.
A imprensa escreve que o ministro da Economia estava contra os cortes nos apoios sociais, tendo sido acompanhado nesta posição pela Justiça, Trabalho e Saúde.
Após a publicação, Vieira da Silva garante que está "completamente solidário" com o PEC, "um programa do Governo, aprovado por todo o Governo" para reduzir o défice. Nesse sentido, o ministro prefere sublinhar que o PEC precisa de "recolher o apoio, em Portugal, de um leque alargado de forças políticas e sociais e, no estrangeiro, como tem vindo a acontecer, receber o apoio das instituições importantes para recuperar da situação financeira que é prejudicial para Portugal".