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Regresso de emigrantes é prioridade no próximo Orçamento do Estado

por RTP
Lusa

No discurso de encerramento do XXII Congresso Nacional do Partido Socialista, o secretário-geral do PS anunciou que o Orçamento do Estado vai ter como prioridade o apoio ao regresso dos portugueses que saíram do país no período de crise económica. António Costa defendeu que o conjunto dos salários dos portugueses deve aumentar, não só o salário mínimo e disse querer encontrar em sede de concertação social um grande acordo para a conciliação familiar e profissional no combate ao desafio demográfico. Afirmou “mais ambição” para os momentos eleitorais, dizendo que quer passar para a governação da Madeira. Para o interior do partido anunciou a recandidatura de Ana Catarina Mendes para o cargo de secretária-geral adjunta e deixou um aviso: “Ainda não meti os papéis para a reforma”.

António Costa elencou várias medidas com o foco no futuro no discurso final do congresso. Sobre o regresso dos emigrantes, vincou tratar-se de uma prioridade claramente assumida para o Orçamento do Estado do próximo ano.

"Entre 2010 e 2015 tivemos um afluxo emigratório como não tínhamos desde a década de 60 e temos de criar condições únicas e extraordinárias para os que partiram e pretendam voltar a Portugal tenham condições para regressar ao país. Quero aqui dizer claramente: Para o PS, uma das principais prioridades do Orçamento do Estado para 2019 vai ser adotar um programa que fomente o regresso dos jovens que partiram, sem vontade de partir e que têm de dispor da liberdade de poderem voltar a viver entre nós", declarou, recebendo uma prolongada ovação dos delegados socialistas.
Salários devem ser ambição coletiva
António Costa dedicou grande parte do seu discurso de encerramento às políticas que tenciona adotar a prazo para a inserção das gerações entre os 20 e os 30 anos no mercado de trabalho, no combate à precariedade e na necessidade de melhores salários, não só o salário mínimo.

Não me esqueci do principal objetivo da nossa política económica: emprego”, garantiu António Costa, defendendo que o conjunto dos salários tem de convergir para as metas da União Europeia.

O secretário-geral do PS defendeu que é necessário olhar para o desafio demográfico que se coloca ao país. Nesse sentido, Costa defendeu “um grande acordo” em sede de concertação social para promover a conciliação da vida familiar e profissional, falando por exemplo, de apoios aos avós e avôs para assistência aos netos.


"Temos de ser inventivos", garantiu, perante os congressistas.
“Ainda não meti os papéis para a reforma”
António Costa elogiou os quadro mais jovens do partido, que no seu entender, vão permitir ao partido olhar com tranquilidade para o futuro. Mas garantiu: “Ainda não meti os papéis para a reforma”.

O secretário-geral do partido garantiu que o partido tem mais ambição para as eleições que se adivinham. “Sim, queremos ganhar as eleições europeias. Sim, queremos ganhar as eleições legislativas”, afirmou Costa.

No discurso, o líder socialista não fez qualquer referência aos partidos de esquerda que apoiam o atual governo, nem estabeleceu metas concretas no que toca às legislativas.

No caso da Madeira, concretizou o que queria dizer, assumindo que acredita que o seu partido vença nessa região autónoma pela primeira vez na história da democracia portuguesa.

"Chegou a hora de termos a ambição de Governar a Região Autónoma da Madeira, provando que também ali somos capazes de uma excelente governação. O PS/Madeira pode contar com todos os socialistas do país nessa luta e quero dizer ao Paulo Cafôfo, que nos honra ter aceite o nosso candidato a presidente do Governo Regional, que vai ser ele a ganhar as eleições em nome do PS", declarou, recebendo, de imediato, uma prolongada salva de palmas.

O secretário-geral do PS apontou apenas que o processo de preparação será idêntico àquele que foi seguido para as legislativas de 2015, num ciclo em que os socialistas apresentaram primeiro a Agenda para a década", a seguir o cenário macroeconómico e, finalmente, o programa eleitoral.

"É isso que voltaremos a fazer" em relação à próxima legislatura, explicitou.

Sobre as eleições para o Parlamento Europeu, referiu que a ambição é aumentar a dimensão do triunfo por curta margem que o PS registou no ato eleitoral de 2014, então com este partido sob a liderança de António José Seguro.

Perante o 22º Congresso Nacional do PS, no que respeita à geração dos mais jovens socialistas, António Costa apenas se referiu especificamente a Ana Catarina Mendes para dizer que irá propor que esta deputada continue a desempenhar as funções de secretária-geral adjunta.


c/Lusa
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