Durante os últimos anos de exílio em França, Mário Soares trabalhou como professor de português nas Universidades de Vincennes e Rennes. Trabalhou também no Banco Franco-Português do empresário Manuel Bulhosa.
A sua intervenção política era realizada através da imprensa estrangeira e da captação de apoios internacionais.
Três dias depois da revolução, a 28 de Abril de 1974, Mário Soares foi o primeiro exilado político a chegar a Portugal. Veio de Paris no Sud Express que ficou batizado como o “comboio da liberdade”. Soares viajou acompanhado pela mulher, Maria Barroso, e por Manuel Tito de Morais.
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Uma multidão emocionada foi esperar o dirigente do Partido Socialista à Estação de Santa Apolónia. Com um megafone na mão, Mário Soares fez um breve discurso a partir da varanda.
Depois de se dirigir ao povo português como secretário-geral do Partido Socialista, Mário Soares fez uma declaração aos jornalistas, ainda no interior da Estação de Santa Apolónia.
De seguida, Mário Soares dirigiu-se para o Palácio da Cova da Moura, onde se reuniu com a Junta de Salvação Nacional, presidida pelo general António de Spínola.