Revisão constitucional não é prioridade, descarta Montenegro

Luís Montenegro diz-se “indisponível” para uma revisão da Constituição nos próximos tempos, já que esse é um tema “não prioritário” para o país. O primeiro-ministro indigitado escusou-se igualmente a apontar um parceiro preferencial para a legislatura, dizendo ter “uma maioria robusta” e contar com “a responsabilidade de todos”.

Madalena Salema /
“Não vamos celebrar nenhum acordo permanente de governação nem de incidência parlamentar com nenhuma força política, vamos dialogar com todas as forças políticas na procura das melhores soluções legislativas e governativas para responder às necessidades dos portugueses”, proclamou Montenegro, após uma audiência com o Chefe de Estado, já depois de publicada uma nota oficial no site da Presidência a dar conta da conta da sua indigitação como chefe do próximo governo.

Destacando o facto de que a AD tem “mais 31 deputados que a segunda força política com representação parlamentar e mais 33 deputados que a terceira”, o primeiro-ministro garantiu que o governo vai “dar sequência ao trabalho realizado” ao longo do último ano, para dar resposta às "principais preocupações” dos cidadãos: “aumentar os rendimentos de trabalhadores e pensionistas” e a capacidade das empresas atraírem novos investimentos […] transformar o Serviço Nacional de Saúde, dar qualidade e exigência à escola pública, executar o plano de investimento público no setor da habitação, favorecer a mobilidade dos portugueses, dar regulação e dignidade no setor da imigração, reforçar o policiamento de proximidade e o sentimento de segurança dos portugueses, apostar numa política fiscal que possa ser um dos fatores de retenção do nosso capital humano, em particular dos mais jovens”, concretizou.

(Com Lusa)
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