Rio alerta para danos da violação do segredo de justiça no regime

por RTP
“Não é sustentável um regime democrático em que as coisas acontecem assim”, disse o líder do PSD à saída de uma reunião com o diretor nacional da PJ André Kosters - Lusa

À saída de uma reunião com a Direção Nacional da Polícia Judiciária, o líder do PSD advertiu esta terça-feira para o que considerou ser a insustentabilidade de um regime democrático com “constantes violações” do segredo de justiça. Rui Rio quis recolher a perspetiva da polícia de investigação criminal sobre o fenómeno da corrupção no país, que descreveu como “uma chaga”.

“Se nós continuarmos nesta senda que temos vindo a ter com constantes violações do segredo de justiça, a denegrir as pessoas, a julgar as pessoas na praça pública, naturalmente que não é sustentável um regime democrático em que as coisas acontecem assim”, enfatizou o líder social-democrata.Rui Rio esteve reunido com o diretor nacional cessante da PJ, Almeida Rodrigues, e com o sucessor, Luís Naves, na sede da polícia de investigação criminal, em Lisboa.

Rio afirmou aos jornalistas que pretendeu perceber a leitura que a Judiciária faz do fenómeno da corrupção.

“Muito do êxito que possa haver ou não haver reside nos meios que a Polícia Judiciária tem, seja meios humanos, seja na qualificação dos meios humanos, na quantidade e também nos meios logísticos”, propugnou.

Sem adiantar detalhes sobre eventuais propostas a oficializar pelo PSD, o presidente do partido insistiu na ideia de que a corrupção é um tema que “preocupa muito” os órgãos dirigentes dos social-democratas.

Rio indicou ter também solicitado uma audiência à procuradora-geral da República, “na sua qualidade de presidente do Conselho Superior do Ministério Público”, bem como à Ordem dos Advogados. “Mais lá à frente” e com “altíssimo grau de probabilidade”, deverá ser pedida uma audiência ao Presidente da República. Haverá também propostas de reuniões com outras forças partidárias.

A meta do PSD, ainda segundo Rui Rio, é que o país “possa aspirar a ter uma reforma da justiça” levada a cabo “por todos”.

c/ Lusa
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