Rui Tavares exige que as negociações sejam feitas com todas as partes ao mesmo tempo: "Se houver uma maioria à esquerda, seremos parte da solução”.

Rui Tavares enumerou as condições que considera fundamentais para uma possível reedição da geringonça, mas de papel passado: “Tem de resultar de documentos escritos”.

Para Rui Tavares, uma maioria parlamentar tem de dar garantias que respeita o Estado de Direito, a democracia e os direitos fundamentais. “E não são garantias de boca, têm de ser garantias na sua prática política”.

Na opinião do deputado único do Livre, “uma coligação à direita com o Chega oferece perigos à democracia que uma maioria de esquerda não oferece”.

Nesta entrevista à Antena 1, Rui Tavares lembra que anteviu que uma maioria absoluta iria ser mais instável do que um governo da geringonça. “Infelizmente, tive mais razão do que aquilo que pensava. O PS e António Costa foram amaldiçoados com uma maioria absoluta. Nada correu bem”.

Na entrevista conduzida pela editora de Política da Antena 1, Natália Carvalho, o deputado único do Livre voltou a sublinhar que é fundamental o país ouvir mais explicações da procuradora-geral da República sobre o processo da Operação Influencer.

Rui Tavares também considerou desejável que o inquérito ao primeiro-ministro seja conhecido o mais breve quando possível, antes das eleições, “porque é importante para a cidadania e esse é um valor que o poder judicial deve ter em conta. Na altura de falar com a cidadania também se deve ter em conta que o silêncio pode provocar efeitos sociais que são indesejáveis”.

"Imaginar que este período eleitoral vai ser contaminado por fugas de informação do poder judicial deve ser a previsão mais fácil de fazer neste país. Tenho praticamente a certeza que vou acertar nessa previsão", sublinha.

Rui Tavares antevê uma “campanha baixa e suja”. Por isso, recomenda muita vigilância para que esta não resvale.

Rui Tavares à Antena 1: "PS e António Costa foram amaldiçoados com a maioria absoluta. Nada correu bem"