Rui Tavares não depende do PS para gritar vitória e confia que não vai haver "abraço de urso"

São três as ex-ministras socialistas que o Livre apoia nas Autárquicas. Já são muitas as ações em que Rui Tavares aparece ao lado de Alexandra Leitão, em Lisboa, e no penúltimo dia de campanha não foi exceção.

Camila Vidal /

Foto: Camila Vidal

No dia anterior, esteve na arruada de Ana Abrunhosa, em Coimbra, um dos momentos mais participados da campanha do Livre.

No último dia de campanha o porta-voz começa o dia com Ana Mendes Godinho, em Sintra, por onde também já tinha passado. A tarde é a descer o Chiado, de novo ao lado de Alexandra Leitão. Já a noite desta sexta-feira - e o fecho de campanha - será na companhia dos candidatos que o Livre lança sozinho a votos, no distrito do Porto.

Rui Tavares insiste que há "geometria variável" nos vários concelhos onde aparece no boletim de voto e que isso não significa que o partido não tem peso sozinho. Insistiu, aliás, por onde foi passando, na ideia de que "o Livre é um partido autárquico" e não concorre "como passatempo". O líder do partido reconhece que é onde se apoiam candidatas socialistas que "é para ganhar", mas não se considera demasiado dependente dos socialistas para gritar vitórias, até porque elas podem vir das juntas de freguesia ou das estreias de vereadores do Livre.

Ainda sobre a geometria variável de que vem falando, explica que "o papel" do Livre " não é de estarmos acantonados, não é de estarmos a viver permanentemente no 18 de maio deste ano", aludindo às Legislativas, que não exigiam as mesmas coligações.

Na reta final da campanha, Tavares é questionado sobre a possibilidade de o Livre ficar para trás nas contas do PS, uma espécie de "abraço de urso", e responde que "isso faz parte daqueles mitos da política" de que se ouve falar há muitos anos, aconselhando-se os partidos pequenos a não se juntarem aos grandes. "Nunce temi nem vou temer", garante.
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