Sondagem Católica. Luís Montenegro considerado mais competente e confiável

por Andreia Martins - RTP
Foto: André Kosters - Lusa

Na sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, a maioria deposita mais confiança no líder do PSD e considera que Luís Montenegro é mais honesto do que Pedro Nuno Santos. No entanto, o secretário-geral do PS é visto como o mais bem preparado para exercer o cargo primeiro-ministro. Neste inquérito, grande parte dos inquiridos desconhece o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, e o líder do Chega, André Ventura, é o nome reconhecido pelo maior número de pessoas. Em relação aos temas que devem ser centrais na campanha eleitoral, a Saúde ocupa de forma destacada o lugar dianteiro.

Na comparação entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, o presidente do PSD surge claramente em vantagem, sendo considerado o mais competente (41 por cento contra os 33 por cento de Pedro Nuno Santos), o mais honesto (41 por cento contra 28 por cento do líder do PS) e em quem os inquiridos depositam mais confiança (43 por cento contra 32 por cento do secretário-geral socialista).

Luís Montenegro também é considerado o mais apto a defender os interesses do Estado (42 por cento contra 36 por cento) e mais capaz de promover o crescimento económico do país (45 por cento contra 33 por cento), bem como o líder com mais capacidade de resolver os problemas na saúde e educação (42 por cento contra 31 por cento).

No combate à pobreza, os dois líderes apresentam resultados bastante próximos (37 por centro de Luís Montenegro contra 36 por cento de Pedro Nuno Santos). O único campo que o líder do PS surge à frente do líder dos social-democratas é como o mais preparado para exercer o cargo de primeiro-ministro, ainda que a diferença seja mínima (39 por cento contra 38 por cento).

Por fim, Luís Montenegro é considerado pelos inquiridos como o líder que tem mais capacidade para formar um governo com ministros bem preparados e disponíveis para defender os interesses do Estado e dos cidadãos (45 por cento contra 33 por cento de Pedro Nuno Santos).

Na análise aos vários líderes partidários, Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, é o líder mais desconhecido por parte dos inquiridos (56 por cento afirmam não saber de quem se trata), seguido de Rui Tavares, do Livre (44 por cento) e Paulo Raimundo (43 por cento).

André Ventura, do Chega, é o líder mais reconhecido pelo maior número de pessoas
(apenas 4 por cento dos inquiridos dizem não saber quem é). Seguem-se Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro (ambos reconhecidos por 8 por cento dos inquiridos).
Uma palavra por cada líder partidário
Quando se pede aos inquiridos para descreverem os vários líderes partidários numa só palavra, tanto Pedro Nuno Santos como Luís Montenegro recolhem opiniões antagónicas.

O líder do PS é considerado “incompetente”, “corrupto”, “mentiroso” por uns e por outros “competente”, “bom (político, ministro, homem…)” e “honesto”. O líder do PSD inspira “confiança”, é “competente”, “honesto” e “bom (político, homem…) e para outros é “pouco” (ativo, capaz, ou credível).

Nesta sondagem para a RTP, Antena 1 e Público, André Ventura é considerado “populista” ou “radical” e os inquiridos consideram que “não é competente” e “fala” (fala muito, fala bem, fala-barato).

Rui Rocha é ainda desconhecido para muitos dos inquiridos e a palavra “não” é a mais referida. Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, é vista como “competente”, “boa" (pessoa, política…), “inteligente” e ainda como alguém que “fala muito”.

Também à esquerda, Paulo Raimundo é desconhecido de muitos inquiridos e a palavra “não” destaca-se nas respostas. Inês Sousa Real, do PAN, também é muito desconhecida, mas é considerada “boa (deputada, pessoa, boas intenções”.

Rui Tavares, também pouco reconhecido pelos eleitores, é associado a palavras como “honesto”, “inteligente”, “competente” ou “bom" (político, rapaz, deputado, homem).

Por fim, em relação aos temas considerados centrais para a campanha eleitoral, os inquiridos colocaram a Saúde em primeiro lugar e com grande destaque (referida por 72 por cento dos inquiridos). Seguiram-se os temas da Educação (referido por 48 por cento) e a Habitação (20 por cento). Justiça, Pobreza, Economia, Segurança e Corrupção fora outras palavras referidas.

Ficha técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 24 de janeiro e 1 de fevereiro de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1192 inquéritos válidos, sendo 45% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 32% da região Norte, 20% do Centro, 32% da A.M. de Lisboa, 7% do Alentejo, 5% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base nos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 30%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1192 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.

*Foram contactadas 3917 pessoas. De entre estas, 1192 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.
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