O Governo desmentiu a notícia de que estaria a ponderar demitir-se caso o parlamento aprove a contagem total do tempo de serviço para os professores, afirmando que "o que está em causa é a sustentabilidade das contas públicas".
A fonte citada pela Lusa declarou, textualmente, que "o que está em causa é a sustentabilidade das finanças públicas e não a sustentabilidade do Governo".
Reagia desse modo à notícia esta tarde avançada pela Rádio Renascença de que o Governo estará a equacionar o cenário de demissão caso seja aprovada no parlamento uma proposta que contemple a contagem total do tempo de serviço dos docentes.
No entanto, a possibilidade de PSD, CDS-PP, PCP e BE se
entenderem a prazo, em sede de comissão, numa solução para a
contabilização total do tempo de serviço dos professores, foi considerada por
António Costa como um motivo de "elevada preocupação".
E essa preocupação não se dissipa, mesmo que a fórmula do eventual acordo entre os parceiros da maioria parlamentar geringoncista e os dois partidos da oposição de direita seja uma fórmula de satisfação da reivindicação dos professores faseada ao longo da próxima legislatura.
Segundo o Governo, além do impacto direto resultante de uma decisão nesse sentido relativa aos professores, acima dos 550 milhões de euros, fonte do executivo refere também que, numa situação dessas, a medida teria depois de ser estendida a outros setores profissionais em idênticas circunstâncias, o que faria "aumentar ainda mais o impacto do acréscimo de despesa nas contas públicas nacionais".
"O Governo demonstrou abertura nas negociações com os sindicatos dos professores, mudou a sua posição de partida e foi até ao limite do possível em termos financeiros", acrescentou a mesma fonte, repetindo o discurso feito pelo primeiro-ministro sobre esta matéria.
(C/ Lusa)