O deputado do PSD Carlos Eduardo Reis, arguido no processo Tutti Frutti, anunciou esta sexta-feira que vai suspender o mandato no final do mês por ter perdido a "confiança política" da direção da bancada, embora diz não concordar com esta posição.
"O limite que eu coloco é a confiança política e, se o grupo parlamentar entende que não há confiança política, não vou continuar", disse o deputado em entrevista à SIC Notícias.
Carlos Eduardo Reis afirmou, no entanto, que por sua vontade cumpriria o estatuto de deputado e aguardaria pela acusação definitiva do processo Tutti Frutti, e só suspenderia o mandato se fosse pronunciado, ou seja, após a fase de instrução.
“A minha opinião é que deveria continuar, mas no final do mês, depois de cumprir obrigações que tenho até lá, suspenderei funções no grupo parlamentar”, afirmou.
Carlos Eduardo Reis está entre os 60 arguidos acusados, na terça-feira, pelo Ministério Público por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência. Também o deputado do PSD Luís Newton consta da lista, mas já anunciou que pediria a suspensão.
O líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, tinha pedido diretamente a Carlos Reis, também vereador em Barcelos, que suspendesse o mandato à semelhança do que fez o deputado Luís Newton.
O secretário-geral do PSD garante que nenhum presidente de junta acusado em "crimes de relevância" será candidato pelo partido nas eleições autárquicas.
Nas declarações à SIC, Carlos Eduardo Reis disse, porém, ter a intenção de o cumprir o seu mandato enquanto vereador na Câmara Municipal de Barcelos até ao final.
“Não tive oportunidade de falar com o presidente da câmara, mas penso que em Barcelos se cumpre a lei”, justificou.
Na entrevista, o deputado deixou ainda críticas implícitas a Hugo Soares, considerando que a reunião a dois pela qual aguardava “foi substituída por uma reunião pública”.
“Não há choque entre mim e o grupo parlamentar, há visões diferentes. Eu se fosse líder do grupo parlamentar, chamaria os envolvidos tentando tratar a questão com um tempo que não o do Jornal da Noite”, afirmou.
O social-democrata justificou a demora na tomada de decisão com o facto de estar em Paris para uma conferência da OCDE quando a acusação foi conhecida. Carlos Eduardo Reis diz ter sido “notificado pela imprensa”, lembrando que ainda não foi notificado pelas autoridades, e criticou a rapidez com que a política exige reações imediatas, referindo-se à dinâmica atual como "política fast food".
O deputado considerou que, neste processo, se está a substituir a “presunção de inocência pela presunção de culpa” e até a violar o estatuto dos deputados, dizendo que “o grupo parlamentar acusa mais rápido que o Ministério Público”.
“Não quero fazer deste assunto uma guerra entre mim e o líder do grupo parlamentar. Se o meu partido entende que não há confiança política para continuar, não continuarei”, afirmou.
c/Lusa
Carlos Eduardo Reis afirmou, no entanto, que por sua vontade cumpriria o estatuto de deputado e aguardaria pela acusação definitiva do processo Tutti Frutti, e só suspenderia o mandato se fosse pronunciado, ou seja, após a fase de instrução.
“A minha opinião é que deveria continuar, mas no final do mês, depois de cumprir obrigações que tenho até lá, suspenderei funções no grupo parlamentar”, afirmou.
Carlos Eduardo Reis está entre os 60 arguidos acusados, na terça-feira, pelo Ministério Público por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência. Também o deputado do PSD Luís Newton consta da lista, mas já anunciou que pediria a suspensão.
O líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, tinha pedido diretamente a Carlos Reis, também vereador em Barcelos, que suspendesse o mandato à semelhança do que fez o deputado Luís Newton.
O secretário-geral do PSD garante que nenhum presidente de junta acusado em "crimes de relevância" será candidato pelo partido nas eleições autárquicas.
Nas declarações à SIC, Carlos Eduardo Reis disse, porém, ter a intenção de o cumprir o seu mandato enquanto vereador na Câmara Municipal de Barcelos até ao final.
“Não tive oportunidade de falar com o presidente da câmara, mas penso que em Barcelos se cumpre a lei”, justificou.
Na entrevista, o deputado deixou ainda críticas implícitas a Hugo Soares, considerando que a reunião a dois pela qual aguardava “foi substituída por uma reunião pública”.
“Não há choque entre mim e o grupo parlamentar, há visões diferentes. Eu se fosse líder do grupo parlamentar, chamaria os envolvidos tentando tratar a questão com um tempo que não o do Jornal da Noite”, afirmou.
O social-democrata justificou a demora na tomada de decisão com o facto de estar em Paris para uma conferência da OCDE quando a acusação foi conhecida. Carlos Eduardo Reis diz ter sido “notificado pela imprensa”, lembrando que ainda não foi notificado pelas autoridades, e criticou a rapidez com que a política exige reações imediatas, referindo-se à dinâmica atual como "política fast food".
O deputado considerou que, neste processo, se está a substituir a “presunção de inocência pela presunção de culpa” e até a violar o estatuto dos deputados, dizendo que “o grupo parlamentar acusa mais rápido que o Ministério Público”.
“Não quero fazer deste assunto uma guerra entre mim e o líder do grupo parlamentar. Se o meu partido entende que não há confiança política para continuar, não continuarei”, afirmou.
c/Lusa