Foto: Teresa Borges - Antena 1
Já a arruada em Odemira se aproximava dos metros finais quando André Ventura se sentiu mal, pela segunda vez na campanha.
Numa campanha em que apostou na rua, o presidente do Chega passou quase todo o penúltimo dia dentro de portas, entre exames e observações. Um dia que começou ainda antes da hora do almoço, com uma arruada em pleno Alentejo à qual já se juntou a meio por estar “atrasado”, justificava o líder parlamentar do partido, Pedro Pinto.
Cerca de meia centena de apoiantes participaram na ação em Odemira – terreno fértil para o Chega e onde o partido ficou em segundo lugar nas eleições do ano passado - numa comitiva liderada pelo cabeça de lista por Beja, Rui Cristina. “Já quase não há comércios portugueses”, desabafava a certa altura o ex-deputado do PSD, eleito em 2024 pelo Chega.
Na ação, que durou menos de meia hora, André Ventura tirou fotografias, ouviu desejos de melhoras, um conselho para “não gritar muito” devido à saúde e confessou ter recebido uma chamada telefónica do “adversário” político Marcelo Rebelo de Sousa. “Agradeço a preocupação que teve desde a primeira hora”, afirmou o presidente do Chega, “Ele disse: não vá [à campanha], não vai ser bom para si. Mas disse-lhe ‘Senhor Presidente, tenho mesmo de ir" revelou aos jornalistas o líder do Chega.
A arruada acabou por terminar mais cedo, com nova indisposição de André Ventura. Ao final da tarde desta quinta-feira, o Chega confirmou que devido às “informações médicas” o presidente do partido não estaria mais na campanha, regressando a casa logo que recebesse alta do hospital de Setúbal.