Foto: Nuno Patrício - RTP
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) apresentou até hoje 50 pedidos na via verde para a imigração, preparando-se para enviar mais 400 pedidos ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
São números revelados à Antena 1 pelo presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura, que sublinha que as empresas agrícolas ainda estão a adaptar-se ao novo regime.
Desde o dia 15 de abril que podem pedir a contratação de imigrantes, que passou a ter os consulados como intermediários.
"Neste momento posso dizer que apresentámos 50 pedidos ao Ministério dos Negócios Estrangeiros", referiu, atualizando assim a informação que tinha apresentado ao jornal Público no dia 2 de junho, quando eram 12 os pedidos concluídos pela confederação.
Álvaro Mendonça e Moura aponta que há também 400 pedidos que vão ser feitos, correspondendo ao "número de trabalhadores em que empresas do setor agrícola já comunicaram à CAP que estão a preparar os respetivos processos para nos entregarem".
Depois de o Governo apresentar no seu programa, entregue no fim de semana, que pretende restringir o visto para imigrantes que procuram trabalho em Portugal a "candidatos com elevadas qualificações", o presidente da confederação não teme uma redução, porque refere que há vários tipos de visto.
"O que o Governo está com certeza a pensar aqui em pessoas de grande preparação académica, com recursos e, portanto, não correm risco real de ficarem aqui depois desempregados", interpreta.
O dirigente sublinha que normalmente as empresas agrícolas pedem vistos de estada temporários ou vistos de residência com duração superior a um ano.
No entanto, Álvaro Mendonça e Moura diz que também este setor começa a precisar de trabalhadores qualificados, como por exemplo engenheiros agrónomos.