Vítor Ramalho afirma que encontro impulsionado por Mário Soares é uma válvula de escape

por Sandra Henriques

Foto: Rafael Marchante/Reuters

O dirigente socialista Vítor Ramalho, um dos principais promotores do encontro que o antigo Presidente da República Mário Soares impulsionou e se realiza esta quinta-feira em Lisboa, afirma que se trata de “uma válvula de escape para os cidadãos se pronunciarem, porque as tensões estão a agravar-se e a rutura na sociedade pode ocorrer”.

Em declarações ao jornalista da Antena1 Nuno Rodrigues, Vítor Ramalho explica que este é um “encontro cívico e patriótico”, mas recusa o rótulo de segundo Encontro das Esquerdas. “Não é das Esquerdas, porque vão estar presentes pessoas que não têm nada a ver com as Esquerdas”, sublinha.

Vítor Ramalho destaca o “sentimento generalizado do povo português de incerteza quanto ao futuro” e refere que “a economia social corre riscos e as pessoas interrogam-se”. Os cortes dos salários e das pensões “com impunidade e alguma leviandade” são dois dos pontos que o socialista critica na atuação do Governo.

“Isto é uma manifestação patriótica. É por isso que muitos militares que deram muito à sua pátria e que sentem na pele o dever patriótico responderam positivamente”, acrescenta.

O antigo líder da Federação do PS de Setúbal desvaloriza as ausências do secretário-geral do PS, António José Seguro, e do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, lembrando que ambos apoiam a iniciativa e enviam membros destacados dos respetivos partidos.

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