Os enfermeiros voltam a parar esta quinta-feira, uma greve aos turnos da manhã e da tarde.
Tudo explicado à Antena 1 pelo presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins.
A partir de 1 de julho, os enfermeiros com contrato individual de trabalho vão voltar às 35 horas semanais de trabalho em vez das 40 atuais, o que, segundo as contas do SEP implica que serão precisos 1.976 enfermeiros para compensar a redução de horas destes profissionais para manter tudo a funcionar.
No entanto, a dias dessa mudança, continuam por confirmar as contratações pedidas pelas instituições, que deviam já estar asseguradas "para que a transição pudesse acontecer com o menor ruído possível".
Mesmo que se confirmem até ao fim da semana, "os profissionais vão começar a trabalhar sem períodos de integração" e "é uma incógnita o que se vai passar na próxima semana", alertou.
Com menos horas, vão faltar pessoas para assegurar todo o serviço.
Além desta questão, há uma falta de enfermeiros mais profunda, que tem a ver com "o desinvestimento e os cortes na área da saúde", com efeitos negativos nos salários e carreiras que levaram "muitos enfermeiros a sair do país".
Para os que ficaram, isso significou "mais pressão", com mais horas de trabalho e um aumento do absentismo.