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Saúde
Estudantes de saúde não conhecem teor de açúcar nas bebidas
A quantidade de açúcar das bebidas comerciais mais vendidas a nível nacional está mal percecionada por parte dos estudantes na área da saúde. Os resultados são do “Estudo sobre a perceção dos estudantes de saúde sobre o teor de açúcar em bebidas comerciais”, realizado pelo Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz.
O estudo, com a coordenação da professora Maria Fernanda de Mesquita, analisa como 193 estudantes de Saúde da Faculdade de Medicina de Lisboa e da Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz percecionam as quantidades de açúcar das bebidas comerciais, comparando com as quantidades reais de açúcar.
A professora Maria Leonor Silva, membro da equipa de investigação deste estudo e responsável de Gastrotecnia em Ciências da Nutrição do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, explica que “a educação alimentar torna-se uma ferramenta essencial, sobretudo para a promoção de escolhas alimentares saudáveis aos consumidores”.
Para isso, acredita ser necessária uma “crescente consciencialização da população para as consequências da ingestão excessiva de açúcar na saúde das pessoas”, bem como a necessidade de “reeducação da população portuguesa”, através de “campanhas de sensibilização nas escolas de forma a envolver também a família das crianças e jovens”.
Perceção dos estudantes
É possível verificar no estudo que um “Ice Tea Lipton” é percecionado pelos estudantes como tendo mais açúcar do que aquele que realmente tem. Esta perceção do açúcar está mal avaliada pelos alunos e pela generalidade da população.
Os alunos acreditam que o refrigerante tem 10 gramas (g/100ml) de açúcar, sendo que a real quantidade é de 4,7 gramas (g/100ml), pelo que o teor de açúcar nesta bebida está sobreavaliado, com cerca do dobro.
Em casos como bebidas associadas a um consumo mais saudável, como o caso do “Tisanas Pleno” e “Águas com sabores sem gás Luso”, os alunos acreditam que as bebidas têm menos açúcar, uma perceção que está errada.
O açúcar presente no “Tisanas Pleno” é de 6,2 gramas (g/100ml), mas os estudantes pensam que a bebida tem quatro gramas (g/100ml).
Para Maria Leonor Silva, estas bebidas por serem tisanas e águas com sabor poderão ser “associadas a valores com baixo conteúdo em açúcar, o que poderá levar os consumidores a pensar que constituem escolhas saudáveis, o que na realidade não é verdade”.
Desta forma, a “quantidade de açúcar presente nestas bebidas é superior a qualquer um dos Ice Tea analisados”, acrescenta o membro da equipa de investigação do estudo.
Perceção do consumidor
A professora Maria Leonor Silva diz que a principal estratégia para mudar a mentalidade dos estudantes é “incentivar os consumidores a consultar o rótulo nutricional”.
A quantidade de açúcar que as bebidas têm está presente na leitura de informação nutricional nos rótulos.De acordo com os resultados do estudo, 34 por cento dos inquiridos considera extremamente importante consultar o rótulo nutricional, mais precisamente a quantidade de açúcar presente nas bebidas, contrastando com os dois por cento que não atribuem nenhuma importância a este ato.
Ainda assim, a consulta dos rótulos no momento de compra das bebidas é realizada por apenas cerca de 20 por cento dos indivíduos inquiridos, diz Maria Leonor Silva.
Neste sentido, a “educação alimentar torna-se uma ferramenta essencial, sobretudo para a promoção de escolhas alimentares saudáveis aos consumidores”, conforme indica a professora.
Quanto à quantidade de açúcar, 11 por cento dos inquiridos nunca consulta os valores, contrastando com os 15 por cento que referem consultar sempre.
Relativamente à consulta de informação nutricional nos rótulos – não apenas referente à quantidade de açúcar - quatro por cento dos inquiridos nunca consultou, enquanto 16 por cento o faz sempre.
Açúcar nas bebidas
Os países têm vindo a implementar medidas com o objetivo de reduzir o consumo de refrigerantes devido aos altos teores de açúcar. É exemplo a implementação de taxas sobre alimentos doces, como o caso dos refrigerantes.
Portugal também adotou essas medidas como forma de reeducar a população para o consumo de bebidas com menor teor de açúcar, conforme indica o estudo.
Ainda segundo o estudo, as bebidas com piores valores de açúcar e que, por isso, constituem a pior escolha para o consumidor tendo em conta essa componente são a “7up gasosa Lima/limão” e a “Coca-Cola”.Fora do mercado comercial e sem estar analisado no estudo, a bebida Tisanas sem adição de açúcar seria a opção preferível.
Para Maria Leonor Silva, “apesar da crescente preocupação com as questões de saúde, nomeadamente com as escolhas alimentares, existe ainda muito por fazer no que diz respeito a reeducar a população para a leitura e a interpretação dos rótulos nutricionais”.
Apesar dos resultados do estudo não permitirem criar conclusões sobre a regulamentação dos alimentos com altos teores de açúcar, Maria Leonor Silva diz que o consumo de refrigerantes caiu em cerca de cinco por cento, pelo que a “taxação de bebidas açucaradas poderá ter influenciado a redução do seu consumo”.
Quanto à escolha de uma bebida nos supermercados, Maria Leonor Silva refere que optaria pela bebida com teor de açúcar mais reduzido. Escolha difícil, visto que “todas as bebidas disponíveis no mercado contêm açúcar na sua composição”.
Das bebidas presentes na investigação, a que revela menor quantidade de açúcar é o “Ice Tea Chá Verde Lipton”, sendo a opção de bebida preferível.
Mas a professora deixa o recado. Não há uma bebida mais saudável do que outra, tudo depende de um conjunto de situações, tais como “o estado de saúde do indivíduo, da dose e do perfil nutricional”.
A professora Maria Leonor Silva, membro da equipa de investigação deste estudo e responsável de Gastrotecnia em Ciências da Nutrição do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, explica que “a educação alimentar torna-se uma ferramenta essencial, sobretudo para a promoção de escolhas alimentares saudáveis aos consumidores”.
Para isso, acredita ser necessária uma “crescente consciencialização da população para as consequências da ingestão excessiva de açúcar na saúde das pessoas”, bem como a necessidade de “reeducação da população portuguesa”, através de “campanhas de sensibilização nas escolas de forma a envolver também a família das crianças e jovens”.
Perceção dos estudantes
É possível verificar no estudo que um “Ice Tea Lipton” é percecionado pelos estudantes como tendo mais açúcar do que aquele que realmente tem. Esta perceção do açúcar está mal avaliada pelos alunos e pela generalidade da população.
Os alunos acreditam que o refrigerante tem 10 gramas (g/100ml) de açúcar, sendo que a real quantidade é de 4,7 gramas (g/100ml), pelo que o teor de açúcar nesta bebida está sobreavaliado, com cerca do dobro.
Em casos como bebidas associadas a um consumo mais saudável, como o caso do “Tisanas Pleno” e “Águas com sabores sem gás Luso”, os alunos acreditam que as bebidas têm menos açúcar, uma perceção que está errada.
O açúcar presente no “Tisanas Pleno” é de 6,2 gramas (g/100ml), mas os estudantes pensam que a bebida tem quatro gramas (g/100ml).
Para Maria Leonor Silva, estas bebidas por serem tisanas e águas com sabor poderão ser “associadas a valores com baixo conteúdo em açúcar, o que poderá levar os consumidores a pensar que constituem escolhas saudáveis, o que na realidade não é verdade”.
Desta forma, a “quantidade de açúcar presente nestas bebidas é superior a qualquer um dos Ice Tea analisados”, acrescenta o membro da equipa de investigação do estudo.
Perceção do consumidor
A professora Maria Leonor Silva diz que a principal estratégia para mudar a mentalidade dos estudantes é “incentivar os consumidores a consultar o rótulo nutricional”.
A quantidade de açúcar que as bebidas têm está presente na leitura de informação nutricional nos rótulos.De acordo com os resultados do estudo, 34 por cento dos inquiridos considera extremamente importante consultar o rótulo nutricional, mais precisamente a quantidade de açúcar presente nas bebidas, contrastando com os dois por cento que não atribuem nenhuma importância a este ato.
Ainda assim, a consulta dos rótulos no momento de compra das bebidas é realizada por apenas cerca de 20 por cento dos indivíduos inquiridos, diz Maria Leonor Silva.
Neste sentido, a “educação alimentar torna-se uma ferramenta essencial, sobretudo para a promoção de escolhas alimentares saudáveis aos consumidores”, conforme indica a professora.
Quanto à quantidade de açúcar, 11 por cento dos inquiridos nunca consulta os valores, contrastando com os 15 por cento que referem consultar sempre.
Relativamente à consulta de informação nutricional nos rótulos – não apenas referente à quantidade de açúcar - quatro por cento dos inquiridos nunca consultou, enquanto 16 por cento o faz sempre.
Açúcar nas bebidas
Os países têm vindo a implementar medidas com o objetivo de reduzir o consumo de refrigerantes devido aos altos teores de açúcar. É exemplo a implementação de taxas sobre alimentos doces, como o caso dos refrigerantes.
Portugal também adotou essas medidas como forma de reeducar a população para o consumo de bebidas com menor teor de açúcar, conforme indica o estudo.
Ainda segundo o estudo, as bebidas com piores valores de açúcar e que, por isso, constituem a pior escolha para o consumidor tendo em conta essa componente são a “7up gasosa Lima/limão” e a “Coca-Cola”.Fora do mercado comercial e sem estar analisado no estudo, a bebida Tisanas sem adição de açúcar seria a opção preferível.
Para Maria Leonor Silva, “apesar da crescente preocupação com as questões de saúde, nomeadamente com as escolhas alimentares, existe ainda muito por fazer no que diz respeito a reeducar a população para a leitura e a interpretação dos rótulos nutricionais”.
Apesar dos resultados do estudo não permitirem criar conclusões sobre a regulamentação dos alimentos com altos teores de açúcar, Maria Leonor Silva diz que o consumo de refrigerantes caiu em cerca de cinco por cento, pelo que a “taxação de bebidas açucaradas poderá ter influenciado a redução do seu consumo”.
Quanto à escolha de uma bebida nos supermercados, Maria Leonor Silva refere que optaria pela bebida com teor de açúcar mais reduzido. Escolha difícil, visto que “todas as bebidas disponíveis no mercado contêm açúcar na sua composição”.
Das bebidas presentes na investigação, a que revela menor quantidade de açúcar é o “Ice Tea Chá Verde Lipton”, sendo a opção de bebida preferível.
Mas a professora deixa o recado. Não há uma bebida mais saudável do que outra, tudo depende de um conjunto de situações, tais como “o estado de saúde do indivíduo, da dose e do perfil nutricional”.