H1N1 já é a principal estirpe de gripe em todo o Mundo

A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou esta tarde que o H1N1 é agora a principal estirpe de Gripe em todo o mundo. Keiji Fukuda afirmou que a organização continua "bastante preocupada com o padrão que está a observar" e que espera um aumento do número de casos e de mortes "durante o Inverno no Hemisfério Norte".

RTP /
Ucrânia é actualmente um dos países mais afectados pela Gripe A, com cerca de 500 mil pessoas infectadas Sergey Dolzhenko, EPA

Pelos menos 5 712 pessoas morreram devido à gripe A. O vírus está agora presente em praticamente todos os países do Mundo.

O H1N1 já é estirpe predominante de gripe. Na Ucrânia, onde mais de 300 mil pessoas estão infectadas e 85 morreram, a gripe A foi identificada em cerca de 70 por cento das análises feitas ao vírus da gripe.

Apesar deste aumento súbito de casos no país, a Organização Mundial de Saúde não tem observado mutações no vírus, que se mantém semelhante ao que foi identificado pela primeira vez em Abril.

OMS sem registo de efeitos secundários raros ou perigosos relacionados com as vacinas da Gripe A

Keiji Fukuda, o principal especialista da OMS para a gripe, explicou em conferência de imprensa que apesar de a maior parte das pessoas recuperar da infecção por H1N1 sem cuidado médico, as autoridades de saúde continuam a verificar casos severos em pessoas com menos de 65 anos, indivíduos que não estão normalmente em risco com a gripe sazonal.

Fukuda afirmou ainda que as mulheres grávidas e doentes crónicos estão entre o grupo de risco com potencial complicações fatais.

Com programas de vacinação de Gripe A em curso em cerca de 20 países, a OMS garante que até ao momento não tem conhecimento de qualquer complicação grave relacionada com a vacina e está convencida que é "altamente segura".

Keiji Fukuda mostrou-se ainda surpreendido com a eficácia da vacina que parece estar a resultar com apenas uma dose.

Mesmo para crianças com menos de 10 anos a OMS recomenda apenas uma dose. "É melhor providenciar uma dose ao maior número possível de crianças do que duas doses a menos crianças", disse Fukuda.

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