Mundo
Três soldados mortos em combates entre Israel e o Hezbollah nos Montes Golan
Dois soldados israelitas e um oficial espanhol das Nações Unidas morreram em combates de artilharia esta manhã nos Montes Golan, entre Israel e a guerrilha xiita libanesa do Hezbollah. Um porta-voz da UNIFIL (a força de paz da ONU na região) apelou "à máxima contenção para prevenir uma escalada".
A tensão na zona tem vindo a agravar-se há 10 dias, desde o ataque israelita a um contingente do Hezbollah na Síria, que matou vários elementos libaneses e um general iraniano.
Desde então multiplicaram-se as trocas de tiros de artilharia.Esta manhã, cerca das 9h35 GMT, um ataque com mísseis do Hezbollah contra uma coluna de veículos israelitas que circulavam junto ao monte Dov, nas quintas de Shebaa, matou dois soldados que viajavam num tanque, e feriu outros sete. Noutro ataque foram disparados vários morteiros contra pontos de artilharia israelitas, sem fazer vítimas.
O Hezbollah afirma que os ataques de hoje foram conduzidos pela brigada "Gloriosos Mártires de Quneitra" e em várias aldeias libanesas e em Beirute, capital do Líbano, foram disparados tiros para o ar em celebração.
As vítimas foram confirmadas pelo Estado Maior israelita que contudo desmentiu relatos de que um soldado israelita tinha sido capturado.
Em resposta, Israel disparou pelo menos 50 granadas de morteiro contra aldeias na zona libanesa.
Terá sido nessa altura que foi atingido mortalmente um capacete azul da ONU, o capitão espanhol Francisco Javier Soria Toledo, de 36 anos, que se encontrava no local a monitorizar as forças libanesas.




O ministro israelita da Defesa já falou ao telefone com o seu homólogo espanhol, para lhe apresentar condolências pela morte de Soria Toledo. A UNIFIL, a força da ONU que monitoriza a manutenção de paz os Monte Golan, está a investigar o "infeliz acidente", sem se comprometer com a origem do fogo que vitimou o capitão espanhol.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reagiu com firmeza aos ataques do Hezbollah, garantindo que o seu Governo está pronto a responder "em força, em todas as frentes".
"A segurança vem antes de tudo o mais", afirmou o chefe de Governo de Israel, acusando o Irão de estar por detrás daquilo que chamou um "ato terrorista criminoso".
Comparação com Gaza
Netanyahu fez ainda uma comparação com a guerra de Gaza, este verão.

"Àqueles que nos estão a desafiar na fronteira norte, sugiro que olhem para o que se passou aqui, não muito longe da cidade de Sderot, na Faixa de Gaza. O Hamas recebeu o mais duro golpe desde a sua fundação e as Forças da Defesa de Israel estão preparadas para agir com força em todas as áreas", afirmou o primeiro-ministro israelita no sul do país.
Um general israelita na reserva, contudo, apelou à contenção. A situação está "volátil" e Israel tem de "conter " a situação, afirmou Israel Ziv. "Podemos ver-nos envolvidos numa guerra que não pertence a Israel", disse Ziv , acrescentando que o Governo de Netanyahu não devia dar "passos que nos podem puxar para a situação caótica da Síria".
Apoiada pelo Irão, a guerrilha xiita libanesa do Hezbollah tem estado a ajudar o Governo sírio a combater a insurreição sunita que agita o país desde 2011 e aproveitada, por grupos jihadistas que seguem interpretações extremistas do ramo sunita do Islão, para se apropriarem de recursos e de território.
Tensão crescente
No passado dia 18, seis militantes de um contingente do Hezbollah e o general iraniano que os comandava morreram num ataque aéreo israelita à zona de Quneitra, nos Monte Golan controlada pela Síria. Israel justificou o bombardeamento dizendo que se destinou a evitar um ataque a solo israelita.
A ação israelita fez disparar a tensão de ambos os lados da fronteira, com múltiplos ataques e respostas de artilharia de ambos os lados. Israel reforçou a defesa e elevou o estado de alerta e de prontidão da sua força aérea. Esta manhã forças israelitas bombardearam posições de artilharia na Síria, em resposta a um ataque vindo dessa direção, no dia anterior.
A escalada nos confrontos recorda o verão de 2006, durante o qual Israel e as forças libanesas se enfrentaram durante 36 dias nos Montes Golan, após um ataque da guerrilha libanesa a um veículo israelita. Dois soldados israelitas desapareceram nessa altura, acabando os seus corpos por ser recuperados depois da guerra.
Desde então multiplicaram-se as trocas de tiros de artilharia.Esta manhã, cerca das 9h35 GMT, um ataque com mísseis do Hezbollah contra uma coluna de veículos israelitas que circulavam junto ao monte Dov, nas quintas de Shebaa, matou dois soldados que viajavam num tanque, e feriu outros sete. Noutro ataque foram disparados vários morteiros contra pontos de artilharia israelitas, sem fazer vítimas.
O Hezbollah afirma que os ataques de hoje foram conduzidos pela brigada "Gloriosos Mártires de Quneitra" e em várias aldeias libanesas e em Beirute, capital do Líbano, foram disparados tiros para o ar em celebração.
As vítimas foram confirmadas pelo Estado Maior israelita que contudo desmentiu relatos de que um soldado israelita tinha sido capturado.
Em resposta, Israel disparou pelo menos 50 granadas de morteiro contra aldeias na zona libanesa.
Terá sido nessa altura que foi atingido mortalmente um capacete azul da ONU, o capitão espanhol Francisco Javier Soria Toledo, de 36 anos, que se encontrava no local a monitorizar as forças libanesas.
O ministro israelita da Defesa já falou ao telefone com o seu homólogo espanhol, para lhe apresentar condolências pela morte de Soria Toledo. A UNIFIL, a força da ONU que monitoriza a manutenção de paz os Monte Golan, está a investigar o "infeliz acidente", sem se comprometer com a origem do fogo que vitimou o capitão espanhol.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reagiu com firmeza aos ataques do Hezbollah, garantindo que o seu Governo está pronto a responder "em força, em todas as frentes".
"A segurança vem antes de tudo o mais", afirmou o chefe de Governo de Israel, acusando o Irão de estar por detrás daquilo que chamou um "ato terrorista criminoso".
Comparação com Gaza
Netanyahu fez ainda uma comparação com a guerra de Gaza, este verão.
"Àqueles que nos estão a desafiar na fronteira norte, sugiro que olhem para o que se passou aqui, não muito longe da cidade de Sderot, na Faixa de Gaza. O Hamas recebeu o mais duro golpe desde a sua fundação e as Forças da Defesa de Israel estão preparadas para agir com força em todas as áreas", afirmou o primeiro-ministro israelita no sul do país.
Um general israelita na reserva, contudo, apelou à contenção. A situação está "volátil" e Israel tem de "conter " a situação, afirmou Israel Ziv. "Podemos ver-nos envolvidos numa guerra que não pertence a Israel", disse Ziv , acrescentando que o Governo de Netanyahu não devia dar "passos que nos podem puxar para a situação caótica da Síria".
Apoiada pelo Irão, a guerrilha xiita libanesa do Hezbollah tem estado a ajudar o Governo sírio a combater a insurreição sunita que agita o país desde 2011 e aproveitada, por grupos jihadistas que seguem interpretações extremistas do ramo sunita do Islão, para se apropriarem de recursos e de território.
Tensão crescente
No passado dia 18, seis militantes de um contingente do Hezbollah e o general iraniano que os comandava morreram num ataque aéreo israelita à zona de Quneitra, nos Monte Golan controlada pela Síria. Israel justificou o bombardeamento dizendo que se destinou a evitar um ataque a solo israelita.
A ação israelita fez disparar a tensão de ambos os lados da fronteira, com múltiplos ataques e respostas de artilharia de ambos os lados. Israel reforçou a defesa e elevou o estado de alerta e de prontidão da sua força aérea. Esta manhã forças israelitas bombardearam posições de artilharia na Síria, em resposta a um ataque vindo dessa direção, no dia anterior.
A escalada nos confrontos recorda o verão de 2006, durante o qual Israel e as forças libanesas se enfrentaram durante 36 dias nos Montes Golan, após um ataque da guerrilha libanesa a um veículo israelita. Dois soldados israelitas desapareceram nessa altura, acabando os seus corpos por ser recuperados depois da guerra.