A cidade norte-americana de Baltimore foi alvo de um ataque de ransomware - um vírus que bloqueia o acesso a sistemas informáticos em troca de um resgate em bitcoins ou criptomoedas. Esta situação, que persiste há duas semanas, tem impedido os cidadãos de acederem a vários serviços.
O ransomware, apelidado de RobinHood, impede o acesso ao servidor sem uma chave eletrónica, que está apenas na posse dos hackers.
Com o advento das bitcoins - dinheiro eletrónico -, os ataques têm-se demonstrado mais fáceis, dada a complexidade da identificação dos autores destes esquemas. O número de ataques tem aumentado nos últimos quatro anos.
Uma vez que Baltimore se recusa a pagar o resgate, o valor deste aumentou e os cidadãos não podem aceder a serviços essenciais, como websites utilizados para pagar faturas da água, alguns impostos e até multas de estacionamento.
O bloqueio destes serviços tem afetado particularmente o mercado imobiliário, dado que não é possível entrar nos sistemas necessários para finalizar a venda de imóveis.
Um mal que afeta várias cidades nos EUA
Este é já o segundo ataque ransomware em Baltimore nos últimos 15 meses. A anterior operação do género afetou o sistema informático do serviço telefónico de emergência médica durante 24 horas. E a cidade do Ohio não é a única a sofrer com este mal nos Estados Unidos.
O primeiro ataque surgiu em 2013 no Estado de New Hampshire e, deste então, o número já atinge as centenas. Este ano apenas, 22 ocorreram em diversos Estados norte-americanos. Foi o caso do Michigan, do Texas e de Nova Iorque, entre outros.
Os ataques são particularmente preocupantes quando afetam diretamente os sistemas de segurança de hospitais e escolas.
Os custos afiguram-se também elevados – além das consequências para os cidadãos, os ciberataques podem custar milhões de dólares às cidades, cujas autoridades têm de reparar ou contruir de raiz os sistemas afetados, dotando-os de maior proteção.
Vários setores e organizações já melhoraram as práticas de segurança contra ciberataques. Contudo, o problema persiste.