Nave espacial Soyuz MS-10 obrigada a aterrar devido a falha no motor

por Nuno Patrício
A bordo da Soyuz seguiam o astronauta americano Nick Hague e o cosmonauta russo Alexey Ovchinin Foto: Reuters

A nave espacial Soyuz MS-10, com dois tripulantes a bordo, foi obrigada a aterrar de emergência devido a uma falha no motor, depois de ter descolado esta quinta-feira no Cazaquistão, informam os meios de comunicação da Rússia citando fontes oficiais.

A Soyuz MS-10 transportava o cosmonauta russo Alexei Ovchinin e o astronauta norte-americano da NASA, Nick Hague.

O lançamento decorreu no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, sem registo de anomalias, mas após alguns minutos ecorre uma explosão nos motores da Soyuz.

Segundo imformação fornecida pela agência Lusa "Os dois astronautas estão vivos e devem aterrar no Cazaquistão", transmitia a estação de televisão Rossiya 24 minutos antes da aterragem da nave espacial no cosmódromo russo de Baikonur, em território cazaque. De acordo com a agência Reuters, a "Soyuz" fez um pouso de emergência perto da cidade de Zhezkazgan, no centro do Cazaquistão, com os dois tripulantes a bordo, depois do foguetes explodirem a caminho da Estação Espacial Internacional.

A nave devia transportar os dois tripulantes para a Estação Espacial Internacional onde permaneceriam durante seis meses.

Neste momento desconhecem-se as causas que provocaram a falha no motor da Soyuz MS-10.

Nos planos estava previsto que a nave viesse a cumprir quatro voltas à terra para seis horas depois acoplar na Estação Espacial Internacional.

Na Estação Espacial Internacional encontram-se, desde junho, os membros da Missão 57, o comandante Alexander Gerst da Agência Espacial Europeia, a piloto da NASA, Serena Auñon-Chancellor e o piloto da Roscosmos Serguei Prokópiev.

Imagem da Soyuz MS-10, esta manhã,  rumo ao espaço com dois astronautas a bordo. (Reuters)

Devido a este acidente estão suspensas todos os voos espaciais da Soyuz até a investigação determinar o que correu mal.

O que pode ter corrido menos bem

O programa russo Soyuz é dos mais fiaveis dentro da industria aeroespacial. Razão pela qual os americanos após o terminus do programa dos Space Shuttles (vai-e-vem) tem andado à boleia dos russos até à Estacão Espacial Internacional.

A Soyuz MS-10 pertence à versão mais recente (2016), deste programa russo, tendo sido feitas atualizações nos computadores, painéis solares, telemetria e ajustes no sistema de acoplamento. Apesar de ter sido concebida em 1960, a nave espacial Soyuz ainda hoje é o veículo soviético, de segunda geração, capaz de transportar seres humanos para o espaço sem muitas preocupações.

Na fase de lançamento o foguetão Soyuz transporta a capsula tripulada no topo do lançador, protegida por uma carnagem externa.

Após o lançamento o lançador passa pela separação de vários estágios (3) até a colocação em órbita do módulo tripulado.

Imagem que retrata a separação de uma das fases durante o lançamento da Soyuz MS-10


Findo este processo a Soyuz realiza ainda uma serie de voos orbitais até acoplar com a Estação espacial onde permanece até nova rendição de astronautas.

Mas o que correu mal? As informações ainda são escassas, mas existem várias hipóteses que podem fazer abortar uma missão deste tipo. Falhas mecânicas, falhas eletrónicas, ou até mesmo as duas juntas, o que é pouco provável.

Razões que podem comprometer a colocação da capsula numa órbita estável e/ou prevista, com implicações diretas para o sucesso da missão e sobrevivência dos tripulantes.

Se foi este o caso é normal, muito embora seja inédito, que os gestores da missão em Terra dessem ordem para abortar a continuação da missão, fazendo retornar em segurança os dois astronautas.

De acordo com fontes da missão russa, o lançacor Soyuz teve um problema tecnico que deu origem a explosão dos foguetes que impulsionavam o lançador.


Apesar dos problemas que surgiram na missão Soyuz MS-10, que esta quinta-feira foi lançada do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão, a mesma teve um desfecho feliz com o regresso seguros dos dois astronautas à Terra.

A Soyuz MS é a versão mais recente (2016), deste programa russo, tendo sido feitas atualizações nos computadores, painéis solares, telemetria e ajustes no sistema de acoplamento.

A Soyuz pode permanecer no espaço quando atracada à Estação Internacional e pode orbitar a Terra em voo autônomo por 4,2 dias.

Astronauta e Cosmonauta sãos e salvos

Os dois tripulantes que iam a bordo da Soyuz MS-10 já aterraram e em segurança, informou fontes russas que monitorizavam a missão espacial.

De acordo com a agência Reuters, a "Soyuz" fez um pouso de emergência perto da cidade de Zhezkazgan, no centro do Cazaquistão, depois dos foguetes explodirem a caminho da Estação Espacial Internacional, sem danos para os dois tripulantes a bordo da capsula espacial.

Um regresso antecipado para o cosmonauta russo Alexei Ovchinin e o astronauta norte-americano da NASA, Nick Hague, que de certeza que não ganharam para o susto.

 

 

 

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