Sonda Osiris-Rex da NASA a caminho do asteróide Bennu

É a primeira vez que se realiza uma missão de ida e volta a um asteróide. De nome Osiris-Rex, a sonda vai realizar uma missão de sete anos e está programada para ir até ao asteróide Bennu e voltar ao nosso planeta, com material aí recolhido.

Nuno Patrício - RTP /
Foto: NASA/Reuters

O foguetão da NASA AtlasV descolou de Cabo Canaveral, eram 19:05 (2305 GMT) desta quinta-feira, e levava a bordo o Osiris–Rex de 1.500 quilos, para uma missão de sete anos e orçamentada em mil milhões de dólares.


Foto: NASA/Reuters

Uma hora após a descolagem, a sonda começou a sua longa viagem, pelo espaço até atingir a velocidade de cruzeiro de 35.400 km/h) - mais do que 28 vezes a velocidade do som.

A sonda Osiris-Rex vai demorar dois anos para chegar ao seu destino, um escuro e rochoso "pedregulho", com uma massa aproximada de 500 metros, que orbita o Sol praticamente à mesma mesma distância que a Terra.


Créditos: NASA

Após a coleta de pelo menos 60 gramas de material "extraterrestre", Osiris-Rex volta para a Terra, e quando chegar vai enviar a partir de órbita um pequeno recipiente contendo a amostra do asteróide, que descerá de pára-quedas no deserto de Utah, em setembro de 2023.

Nesta missão, a NASA espera encontrar no asteróide Bennu compostos orgânicos que datam dos primórdios do sistema solar.



Foto: NASA/Reuters

Os cientistas acreditam que partes do material existente na Terra, como por exemplo a água, provêm dos asteróides que caíram no nosso planeta durante a formação planetária.

Apesar de o asteróide efetuar praticamente a mesma órbita que a Terra, os cientistas da NASA afirmam que as hipóteses de o Bennu colidir com a Terra são de uma para 2700, e só num período compreendido entre 2175 e 2199.

Esta missão também vai servir de teste para futuras missões espaciais de mapeamento e exploração de recursos neste tipo de rochedos espaciais.

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