Sair Pela Porta Grande

O destino adverso de um homem no submundo do crime em Liverpool, num excelente thriller policial inglês de Jim Doyle.

Mark Clayton e os seus homens reúnem-se para ¿acertar contas¿ com o filho de um notório gangster de Liverpool. As coisas não correm da melhor forma e Mark tem de encontrar um refúgio. Aproveita para recordar a sua acidentada vida de criminoso. Preso e condenado a quatro anos de prisão, por ter morto involuntariamente um polícia, Mark é obrigado a aprender a sobreviver na prisão, um Mundo onde a violência é compensatória, e torna-se num homem duro e implacável. De volta à liberdade, é incapaz de arranjar emprego e acaba por se envolver no ¿negócio¿ da extorsão e do tráfico de droga.
Porém, Mark não se sente nem feliz nem realizado no Mundo do crime.

Na sequência de uma série de novos e bem sucedidos thrillers policiais britânicos, esta primeira realização de Jim Doyle é uma auspiciosa surpresa. Doyle, que trabalhou nos departamentos de efeitos especiais e visuais de uma série de produções, constrói um envolvente e amargo drama sobre a malograda trajetória de um homem que devido a uma série de tristes acasos e trágicas ocorrências é obrigado a aceitar uma vida no crime, embora sonhe em encontrar uma forma de voltar a ser um cidadão decente. Doyle, com um humor desencantado e através de uma dura recriação da cinzenta realidade do submundo de Liverpool, traça o retrato de uma vida marcada por um destino adverso que nunca se deixa abater pela fatalidade mas que, por outro lado, assume com inteligência e habilidade a sua nova carreira no Mundo da violência e da marginalidade. Neil Fitzmaurice, que assina o argumento, assume com brio e graça o principal papel.