ROTA DE COLISÃO
Uma nova forma de pilotar os navios, no canal da Mancha?
Seiscentos navios cruzam todos os dias o canal da Mancha.
Por ali passa um quarto do comércio marítimo mundial.
A este tráfego há ainda a somar os "ferryboats" entre Dover e Calais e os arrastões em faina de pesca.
Tudo isto num canal que tem no seu ponto mais estreito apenas trinta e dois quilómetros de largo, e onde também há
correntes muito fortes, baixios, no Inverno o típico nevoeiro inglês, e por vezes muito mau tempo.
Depois do acidente com o superpetroleiro ¿Amoco Cadiz¿ as autoridades marítimas impuseram um esquema rígido de separação de tráfego (os navios com rumo ascendente, do lado francês, e que se destinam para sul, do lado inglês) e vários outras regras para minimizar o risco de abordagem.
Mas mesmo assim todos os dias ocorrem incidentes que podem terminar num grande desastre : um superpetroleiro moderno precisa de um mínimo de quatro minutos para mudar de rumo, e há muitos navios de bandeira de conveniência que apesar de todos os avisos não seguem as regras para evitar os alroamentos no mar.
Estuda-se por isso na Mancha uma nova forma de pilotar os navios : o controle activo de rumo, posição e velocidade a partir de terra, à semelhança do que já sucede com os aviões. A segurança sairia reforçada, mas perder-se-á essa tradição segundo a qual o capitão é o único senhor do seu navio, depois de Deus... e há muitos comandantes da marinha mercante que não estão de acordo...
Ficha Técnica
- Título Original
- ROTA DE COLISÃO