Michael

Um anjo de comportamentos bizarros e deploráveis a tentar cumprir a sua missão na Terra

Frank Quinlan, que em tempos foi um brilhante jornalista, dedica-se agora a temas do sobrenatural e do fantástico num jornal sensionalista de Chicago. O seu chefe envia-o, na companhia do seu incompetente colaborador Huey e de Dorothy Winters, uma jornalista especializada em factos anormais, a um motel do Iowa para investigar a alegada presença de um anjo. Michael, o suposto anjo, é um homem desleixado, preguiçoso, insolente e mulherengo. Aparentemente, Michael, é uma fraude mas a pouco e pouco todos percebem que ele é um verdadeiro anjo. Michael está apostado em experimentar todos os prazeres humanos e arrasta os jornalistas de Chicago para uma série de loucas peripécias ao fim das quais acaba por transformar as suas vidas.

Nora Ephron, uma argumentista de sucesso e prestígio que passou à realização, tem feito carreira nos domínios da comédia romântica. "Michael" não é excepção, apesar de ser um dos seus filmes menos típicos. Na verdade, trata-se de uma história fantástica sobre a passagem de um anjo pela Terra, no caso pela América, que vai perturbar e alterar profundamente a vida de três "jornalistas-investigadores" de fenómenos sobrenaturais. Ephron assina uma espécie de "road-movie" em tom de fábula encantada sobre um anjo muito especial que se comporta como um ser relaxado, excessivo, insolente e mulherengo, dado a vícios fáceis e prazeres de gosto duvidoso, mas que acaba ajudar um homem e uma mulher a descobrir o amor e o gosto pela vida. Recheado de gags imaginativos e servido por um texto hilariante, "Michael" é uma comédia irónica e intrigante que conta no elenco com John Travolta, Andie MacDowell e William Hurt.