OS NUS E OS MORTOS

Um excelente filme de guerra dos anos 50, com Aldo Ray, Cliff Robertson e Raymond Massey nos principais papeis

Durante a 2ª Guerra Mundial no Pacífico o exército americano desembarcou com sucesso numa ilha controlada pelos japoneses e estuda planos para a sua total conquista. O General Cummings, constatando que o inimigo já não é capaz de iniciar uma ofensiva, envia um pelotão comandado pelo Tenente Hearn, um jovem intlectual e liberal que se confrontou com ele, por mais de uma vez, sobre as suas concepções de autoridade, com o objectivo de acabar com a resistência dos japoneses. O Sargento Croft, um soldado profissional duro, amargurado e o antigo comandante do pelotão, não gosta da forma como Hearn se apresenta em combate e, deliberadamente, confunde Hearn sobre a disposição das forças inimigas durante a travessia de um desfiladeiro. Hearn é ferido pelo fogo inimigo e Croft retoma o comando do pelotão, ordenando a três homens que transportem o tenente até uma praia para ser evacuado. Croft prossegue com os seus homens pelas montanhas e, cansados e doentes, enfrentam os japoneses. Croft é morto e os sobreviventes retiram para a praia.

"Os Nus e os Mortos" parte da adaptação ao cinema do célebre romance de Norman Mailer, onde a incontornável personalidade do seu veterano realizador, Raoul Walsh, terá dominado a do grande escritor, preferindo, como é seu hábito e estilo, captar de forma envolvente as relações directas e simples de homens em guerra em desfavor das complexas e sinuosas implicações psicológicas da obra de Mailer. Tudo se desenrola em torno de uma operação militar no Pacífico, durante a 2ª Guerra Mundial, onde um pelotão é alternadamente comandado por dois homens absolutamente distintos e inconciliáveis: um jovem tenente, culto, idealista e liberal e um sargento duro, intransigente, sádico e frustrado. Um violento choque de concepções antagónicas de comandar homens num teatro de guerra que demonstra a impossibilidade da coexistência do humanismo com a sobrevivência.