OS PESCADORES DA ESPUMA
Um homem, um barco e uma linha¿ Os pescadores à linha, da ponta do Raz, na Bretanha, não deixam de sair para o mar, mesmo quando está mau tempo
Um homem, um barco e uma linha¿
Os pescadores da ponta do Raz, na Bretanha, não precisam de mais nada.
Enfrentam sózinhos as fortes correntes dos traiçoeiros baixios onde o Atlântico e a Mancha se encontram. A costa do Finisterrra tem muito má reputação: grande amplitude de marés, fundos baixos e ventos fortes, que causam com
regularidade vagas cavadas, com mais de 5 metros.
Apesar de todos estes perigos, são mais de duas dezenas os barcos que todos os dias se sujeitam à pesca na rebentação, mesmo junto às rochas.
Em dias bons apanham mais de 100 quilos de peixe.
O robalo pescado à linha é etiquetado com um selo de origem. Está sempre logo vendido, e a bom preço.
De ano para ano, há cada vez menos peixe no mar. Na época da reprodução do robalo, os grandes navios-fábrica podem pescar dezenas de toneladas deste peixe numa única semana. A consequência é só uma: a redução drástica de robalos no mar.
Para os pescadores à linha, a solução está em correr cada vez mais riscos, aproximar-se ainda mais e mais dos penhascos, enfrentar vagas piores...
Apesar de preocupados, os pescadores à linha não deixam de sair para o mar, mesmo quando está mau tempo. Sabem que é nos dias em que o mar cresce que a pesca rende.
Ficha Técnica
- Título Original
- OS PESCADORES DA ESPUMA