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O Pátio das Cantigas

O Pátio das Cantigas

Géneros

  • Filmes - Comédia

Informação Adicional

Um típico bairro lisboeta por ocasião das festas dos Santos Populares, através de um fabuloso jogo de equívocos e duplos sentidos, numa comédia inesquecível com Vasco Santana, António Silva e Ribeirinho

Num típico pátio lisboeta, por altura das festas dos Santos Populares, um punhado de gente simples vive o seu quotidiano, os seus sonhos, desilusões, paixões, ciúmes e alegrias numa atmosfera quase encantada. Alfredo é um bom rapaz cujo irmão Carlos, um estouvado, namora a frívola Amália. A irmã desta, Suzana, ama por sua vez Alfredo. Narciso, o pai de Rufino e seu sócio na leitaria do bairro, é um bêbado crónico e um virtuoso da guitarra. Rosa, uma bem disposta viúva que vende flores, é por sua vez cortejada por Narciso e pelo intratável e arrogante Evaristo, o merceeiro, pai da invejosa e mimada Celeste. A rivalidade entre Narciso e Evaristo vai ao rubro numa noite de bailarico no pátio que termina numa autêntica batalha campal. Por fim tudo se compõe entre os vários pares amorosos e no pátio a vida segue serenamente.

"O Pátio das Cantigas" de 1941, é uma das mais célebres e amadas comédias populistas do cinema português. Convergência de grandes talentos da época o filme de Ribeirinho, produzido pelo seu irmão António Lopes Ribeiro e pelos dois escrito de parceria com Vasco Santana, assenta acima de tudo num primoroso jogo de diálogos, com duplos sentidos e um irresistível sabor revisteiro, bem como num lote admirável de grandes comediantes. Ribeirinho, Lopes Ribeiro e Vasco Santana captaram e registaram com humor e sensibilidade toda a atmosfera lisboeta, bairrista e popular por ocasião das festas dos Santos Populares, a partir de um punhado exemplar de personagens tipificadas, envolvidas nas suas querelas, confrontos e desejos pessoais. Tudo isto, servido por uma realização discreta e eficaz num filme que conta com gafs memoráveis, como o de Vasco Santana regressando a casa bêbado e tentando obter lume de um candeeiro da via pública, que lhe vai servir de "guia" até chegar à cama. Mas o que há de mais notável em "O Pátio das Cantigas" é sem dúvida o espantoso jogo da representação, do mau génio e arrogância de António Silva às atribulações do tímido Ribeirinho, passando pelas calinadas, verbais e melódicas, de Laura Alves e, acima de tudo, pela alegria ébria e pela insolência provocadora de Vasco Santana.

Ficha Técnica

Título Original
O Pátio das Cantigas
Intérpretes
Vasco Santana, António Silva, António Vilar, Maria das Neves, Ribeirinho, Laura Alves, Graça Maria, Barroso Lopes
Realização
Francisco Ribeiro
Produção
António Lopes Ribeiro
Autoria
António Lopes, Francisco Ribeiro e Vasco Santana
Música
Frederico de Freitas
Ano
1941
Duração
101 minutos