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A Caça e o Campeonato

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O 24º Campeonato de África e Europa de Pesca Submarina, que este ano decorreu no Algarve

Um enfião com 25 peixes, outro com 27 e um mero com doze quilos e meio foram um bom começo para os caçadores submarinos Rui Torres, António Silva e André Domingues. Nas duas jornadas do Europeu da modalidade, a seleção nacional obteve os melhores resultados de sempre numa competição internacional : Portugal ganhou, por equipas, e ficou em segundo, terceiro e quinto lugares, na classificação individual.
O 24º Campeonato de África e Europa de Pesca Submarina decorreu em Sagres, na terceira semana de Setembro, e os resultados premiaram também o esforço da Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas, que além de organizar a prova financiou também uma preparação única da seleção portuguesa.
Portugal não desperdiçou a vantagem de "jogar em casa". Os meses de treino estenderam-se pelo Verão fora. Os três selecionados da equipa nacional topografaram milimetricamente cada recanto da costa vicentina. Pesquisaram todos as fendas da falésia, desvendaram esconderijos entre os barcos afundados e marcaram cuidadosamente todos os buracos em que se podia esconder peixe. Rui Torres, António Silva e André Domigues fizeram muitas horas de água para que o reconhecimento da zona de prova fosse o mais exaustivo possível. Ao lado deles só as grandes equipas de caça submarina como a Espanha fazem o mesmo trabalho de prospeção.
Pedro Carbonell é a aposta da seleção do país vizinho. Tri-campeão do mundo, nunca venceu um Europeu em águas do Oceano Atlântico. Este é mais um desafio que quer ganhar. Para isso, começa a sua preparação no local da prova vinte dias antes do campeonato começar.
Com o polémico auxílio de dois antigos campeões nacionais portugueses, percorre também de lés a lés toda a área de prova. Ainda antes do campeonato começar, já a conhece tão bem como os atletas portugueses.
A diferença entre a preparação das 13 seleções que estão inscritas nesta competição é notória: enquanto, por exemplo, a Espanha preparou a prova com três semanas de antecedência, a Argélia mergulhou pela primeira vez na costa vicentina no próprio dia da competição.
As normas para este campeonatos são instituídas internacionalmente pela Confederação Mundial de Atividades Sub-Aquáticas (CMAS). As regras são muito estritas para o tamanho mínimo, a espécie e a quantidade de peixe apanhado. O produto da pescaria será doado no final de cada dia de prova a uma instituição de beneficência, depois do peixe capturado por cada atleta ser pesado e este peso transformado em pontos.
Feitas as contas, passados dois dias de prova, Portugal é Campeão Europeu por Equipas e Pedro Carbonell consegue o primeiro lugar individual, num campeonato disputado até ao último minuto.
Uma reportagem de Patrícia Pedrosa, com imagem de Vítor Silva e António Antunes, edição vídeo de Paulo Marcelino, locução de Jorge Moreira, sonoplastia e pos-produção audio de Nuno Soares e produção de Maria João Rolão Preto.

Ficha Técnica

Título Original
A Caça e o Campeonato
Ano
2003
Duração
30m minutos